O secretário estadual de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, disse nesta quinta-feira (2) ao "SPTV" que o Metrô vai investir em trens que transitam entre as estações sem necessidade de operador. As composições seriam controladas diretamente de uma central de operações.
"Vamos contratar mais 100 operadores que vão funcionar como uma força de emergência e vamos começar a atuar com carros driverless, isso é, carros que não exigem operadores, porque tem de acabar essa chantagem em São Paulo", disse Portella.
Portella disse que o sistema chamado de "driverless" (sem operador) é uma maneira de contornar as greves realizadas pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo. Ele classificou essas paralisações de "chantagem". A assessoria de imprensa da Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM) informou que não há previsão para implementação do sistema "driverless". Segundo o secretário, o Metrô de São Paulo vai contratar mais funcionários.
Por causa da paralisação, a companhia organizou uma força-tarefa para colocar os trens em funcionamento nesta quinta-feira (2) e evitar a paralisação total das atividades. Segundo o Metrô, instrutores, supervisores e ex-operadores (que hoje exercem outras funções na empresa) foram destacados para conduzir os trens.
Dois jornalistas da assessoria de imprensa do Metrô, por exemplo, foram destacados para conduzir os trens nesta manhã. Segundo a companhia, esses dois funcionários são capacitados porque já foram operadores de trem por cerca de dez anos antes de prestarem concurso interno e serem transferidos para a parte administrativa da empresa.
Essa é a terceira vez que os metroviários param neste ano. No dia dia 23 abril a categoria parou por duas horas contra emenda 3, que trata de contratação de pessoa jurídica sem vínculo empregatício. No dia 14 de junho, foi por causa da campanha salarial. Os metroviários conseguiram 4,35% de reajuste e 3,09% nos benefícios. Desta vez a greve é para aumentar a participação nos lucros da empresa.
"Nos últimos 12 anos negociamos com a empresa o pagamento da PLR como antecipação no semestre. E o semestre fechou em junho com pagamento em julho. A empresa se recusa a fazer essa antecipação. Quer fazer o pagamento somente a partir de fevereiro de 2008 e mesmo assim não atende à reivindicação de uma folha e meia de salário. Quer apenas uma folha de salário e mesmo percentual, privilegiando os salários mais altos da categoria", disse o diretor de comunicação do Sindicato dos Metroviários, Manuel Xavier Filho.
O secretário de Transportes Metropolitanos, disse que os pagamentos passou a ser anual, sobre a arrecadação de janeiro a dezembro, e que o Metro já acertou a parte relativa ao ano passado. Disse também que neste ano, a empresa adiantou R$ 800.
Paralisação dos metroviários é a terceira do ano
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