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O vice-presidente eleito, deputado Michel Temer (PMDB-SP), deixou na tarde desta quarta-feira (15) a presidência da Câmara dos Deputados. Em um discurso no plenário, em que recebeu elogios dos colegas de Casa, o vice-presidente eleito disse que vai para o Planalto levando o poder Legislativo no "coração". Nesta sexta-feira (17), Temer será diplomado vice-presidente da República, juntamente com a presidente eleita Dilma Rousseff.

"Vou para o Executivo levando no coração o poder Legislativo e levando a certeza que serei representante de todos", disse em seu discurso. Ele apontou ações feitas durante seus três mandatos e o apoio que, segundo ele, vinha do governo e da oposição.

Ao deixar o plenário, Temer ressaltou a "estabilidade institucional" em que o Brasil entrou a partir da Constituição Federal de 1988. "Além de intelectuais que foram eleitos presidentes da República, um operário foi eleito presidente, e agora uma mulher. E com uma estabilidade das instituições extraordinária. Ou seja, o Brasil vai crescendo economicamente e vai crescendo institucionalmente, em direção sempre à democracia. A democracia mais absoluta e que hoje vigora em nosso país", afirmou.

Ele também lembrou ações em favor das mulheres durante seu período na presidência da Casa. "Prestigiamos a bancada feminina. Criei aqui a procuradoria parlamentar da mulher e, ademais disso, coloquei uma representante da bancada feminina - são mais de 40 representantes - no conselho de líderes. São coisas, creio eu, importantes que nós fizemos", afirmou.

Depois do discurso, Temer passou a presidência da Casa ao deputado Marco Maia (PT-RS). Nesta terça-feira (14), Maia foi indicado pela bancada do PT para concorrer à presidência da Casa. A eleição será realizada no dia 1º de fevereiro.

Aumento salarial

Perguntado sobre o aumento no salário dos parlamentares, aprovado na tarde desta quarta pelo plenário do Senado, Temer disse que não participou das negociações a respeito da proposta, mas afirmou também que não se opõe ao aumento.

"Eu não participei, já tem mais de 20 dias, quase um mês, que não estou participando diretamente das atividades na Câmara. Não participei dessas tratativas e nem participei da votação. Não tenho objeção ao aumento, é uma decisão soberana da Câmara e que foi para o Senado", declarou.

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