O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), baixou o tom crítico em relação ao governo e afirmou, em discurso no início do ano legislativo, que a Câmara não se furtará a analisar qualquer proposta do Poder Executivo ou qualquer outro de iniciativa dos parlamentares que seja importante para recuperar o país da crise econômica que enfrenta.
“Iniciamos esta sessão legislativa com recessão em alta na economia e com uma crise de saúde que atinge o país. É imprescindível que haja esforço de todos nós para superarmos obstáculos e suas consequências. [...] A Câmara não se furtará a examinar nenhuma proposta do Poder Executivo, mesmo que não seja consenso que o aumento da carga tributária seja a solução para o combate à crise”, disse.
Cunha discursou logo após a presidente Dilma Rousseff ter feito um apelo direto aos parlamentares por ajuda para a aprovação de propostas como a recriação da CPMF e a aprovação da DRU (Desvinculação de Receitas da União), medidas que, segunda a presidente, são imprescindíveis para a retomada do crescimento.
“Espero ao longo desse ano contar mais uma vez com a parceria do Congresso para fazer o Brasil alcançar patamares mais altos. [...] Preciso da contribuição do Congresso para dar sequência à estabilização fiscal e assegurar a retomada do crescimento. Esses objetivos não são contraditórios”, disse Dilma.
Em seu discurso, Cunha fez um balanço dos trabalhos da Câmara em 2015 e ressaltou o recorde histórico batido pela Casa no número de projetos e medidas votadas pelo plenário ao longo do ano. “Essa Casa Legislativa cumpriu seu papel de não apenas legislar mas tratar com a mesma importância as demandas da sociedade”, disse.
Como a PF costurou diferentes tramas para indiciar Bolsonaro
Cid confirma que Bolsonaro sabia do plano de golpe de Estado, diz advogado
Problemas para Alexandre de Moraes na operação contra Bolsonaro e militares; assista ao Sem Rodeios
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro