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Numa demonstração da disputa interna dentro do partido, um grupo de deputados do PT lançou, na noite desta quinta-feira (18), manifesto contra indicação do também petista Cândido Vaccarezza (SP) para a coordenação de uma comissão criada para discutir a reforma política. O documento, assinado até agora por 28 dos 88 deputados do partido, chama de conservadora a decisão do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) de criar "mais uma comissão" para a reforma política em vez do plebiscito.

"Uma das respostas conservadoras, patrocinada pela atual Presidência da Câmara dos Deputados, além da rejeição à ideia do plebiscito, foi a constituição de mais uma comissão para propor uma reforma política em marcos muito mais tímidos do que inicialmente proposto pela presidenta Dilma", diz a nota.

O grupo acrescenta: "O caráter regressivo desse ato foi reafirmado por interferência externa na indicação do membro da bancada do PT para coordenar os seus trabalhos. Indicamos por unanimidade o deputado Henrique Fontana [RS], relator há dois anos e meio da comissão anteriormente incumbida para propor a Reforma Política. Para a surpresa da bancada, a Presidência da Câmara designou o Deputado Cândido Vaccarezza como coordenador da nova comissão. Mais do que uma escolha pessoal, este gesto é um claro movimento para impor à bancada do PT preferências políticas que não são as suas. Tal atitude antecipa um antagonismo às posições que o PT defende na reforma política".

O documento é assinado, em sua maioria, por deputados da corrente petista ligada a Henrique Fontana, previamente indicado pelo partido para coordenação.Aliados de Vaccarezza alegam que sua indicação tem o aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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