Os 27 diretórios do Partido dos Trabalhadores aprovaram nesta segunda-feira em São Paulo, durante reunião com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um manifesto em que afirmam que o partido vem sendo sofrendo “por suas virtudes” e não por seus erros. O texto também compara o atual momento com o episódio em que a legenda foi responsabilizada pelo sequestro do empresário Abílio Diniz, em 1989.
No texto, os petistas defendem que sejam expulsos os filiados condenados em casos de corrupção, mas não se referem ao tesoureiro João Vaccari Neto, que responde a processo por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Alas do partido têm defendido que ele seja afastado preventivamente, como disse nesta segunda-feira o ex-governador Tarso Genro, o que seria previsto no estatuto partidário.
Como resposta à crise, o PT propõe o aprofundamento da reforma agrária, o apoio à criação de um imposto obre grandes fortunas e aprovação do projeto de lei que estabelece o direto de resposta nos meios de comunicação.
“A campanha de agora é uma ofensiva de cerco e aniquilamento. Como já propuseram no passado, é preciso acabar com a nossa raça. Para isso, vale tudo. Inclusive criminalizar o PT, quem sabe até toda a esquerda e os movimentos sociais”, diz o documento.
O texto destaca ainda que os “adversários são maus perdedores no jogo democrático e tentam agora reverter sem eleições o resultado eleitoral”. “Querem fazer do PT bode expiatório da corrupção nacional e de dificuldades passageiras da economia”, afirma outro trecho.