Beto Richa (PSDB) prometeu jogar duro com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em evento promovido por produtores rurais do estado nesta manhã de segunda-feira. O evento, organizado pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) ouviu Richa pela manhã na presença de mais de 300 representantes do setor. À tarde, será a vez de Osmar Dias (PDT) apresentar suas propostas e ser sabatinado. O evento acontece no hotel Radisson, em Curitiba.
Richa disse que em seu governo irá cumprir todas as reintegrações de posse que forem determinadas pela Justiça. Esse foi o momento de sua apresentação mais aplaudido pela audiência. "A lei tem que ser acatada, cumprida. E o governador tem que ser o primeiro a dar o exemplo", afirmou.
Sem dizer nomes, Richa criticou o ex-governador Roberto Requião (PMDB) por não ter cumprido as reintegrações imediatamente. E aproveitou para, indiretamente, criticar Osmar Dias, que apoia a candidatura de Dilma Rousseff (PT) á Presidência da República. "Queria deixar claro que o meu candidato à Presidência é José Serra (PSDB)", disse.
Richa lembrou uma frase de João Pedro Stédile, líder do MST. Segundo ele, um possível governo Dilma incentivaria as ocupações de terra no país. O candidato ao governo diz que "de pouco adiantaria" apresentar propostas para o estado e dar palanque a um governo que é "simpático a invasões de terra".
Richa também criticou a Força Verde, destacamento da Polícia Militar especializado no combate a crimes ambientais. Disse que em um governo seu os produtores seriam respeitados pela polícia e não haveria "terrorismo".
Sobre sua possível desvantagem em relação a Osmar, que tem mais conhecimento do setor rural, disse que o governante não precisa ser um especialista em tudo.Afirmou que todos sabem o que é preciso fazer e que o necessário seria ter um governante com boa capacidade de gestão para fazer os planos saírem do papel.