• Carregando...

No dia em que o PT conheceu sua nova direção até 2017 e a principal prefeitura do partido enfrenta turbulência política, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou temas da política partidária atual em evento na noite de ontem na unidade de Corumbá da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

A única concessão ao assunto feita por Lula foi na referência, em discurso, ao senador Delcídio do Amaral (PT), provável candidato petista ao governo do Estado, a quem chamou de futuro governador. "Se Deus quiser, vai ser nosso futuro governador", disse Lula no encontro sobre integração latino-americana com representantes do Brasil, Bolívia, Paraguai e Chile.

Em discurso, Lula disse que a política externa de sua gestão priorizou a integração com América do Sul e África, estratégia que, segundo ele, deve ser priorizada para fortalecer a economia e as políticas sociais do país.

O ex-presidente mencionou a gestão do antecessor, Fernando Henrique Cardoso (PSDB, 1995-2002), ao criticar a "burocracia" dos Legislativos locais na aprovação de projetos pró-integração regional. "Tem projetos meus e do Fernando Henrique que ainda não foram votados pelo Congresso."

A agenda de Lula ocorreu no dia em que Rui Falcão, candidato de Lula, foi conduzido a um novo mandato na presidência nacional do PT e em meio a mudanças na gestão Fernando Haddad na Prefeitura de São Paulo, com a saída do secretário de Governo em meio a um escândalo de corrupção na arrecadação municipal.

Políticos sul-mato-grossenses defenderam no encontro a necessidade de o Brasil criar um canal de escoamento das exportações brasileiras pelo oceano Pacífico, via portos chilenos de Arica e Iquique. Disseram que o Brasil teria menos custos com frete e garantiria maior competitividade nas exportações para a Ásia.

Coube ao candidato local de Lula, Delcídio, que atuou na principal CPI do Congresso a investigar o mensalão, criticar a política externa do atual governo. Para o senador, a gestão Dilma Rousseff perdeu o foco na América do Sul e África.

"Está faltando política de integração no governo. O Brasil está perdendo várias oportunidades depois de tudo que o senhor [Lula] semeou", disse.

Após o encontro, Lula atendeu a imprensa por três minutos e retomou temas sobre integração latino-americana. Diante da insistência em temas como a possibilidade de voltar à Presidência, apenas um segurança brincou: "Vai voltar. Vai voltar ano que vem."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]