Indicado para ser o ministro de Minas e Energia no segundo governo da presidente Dilma Rousseff, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM, foto) deixará a vaga no Senado para a mulher, Sandra Backsmann Braga. A empresária de 55 anos não tem experiência parlamentar, mas foi a primeira suplente do marido nas eleições de 2010. Braga defendeu, na época, a decisão como parte da sua estratégia para evitar tensões com aliados políticos do Amazonas, que temiam a indicação de Sandra ao governo do estado, então chefiado pelo marido. A futura senadora tem dito a interlocutores que pretende elaborar um plano de ação para seu mandato. Ela relatou a amigos que a meta é se desvincular da imagem de "suplente-esposa" e mostrar que é capacitada para ser senadora. Sandra será a segunda parente de senador nomeado para Minas e Energia a assumir a vaga do titular. O filho do atual ministro Edison Lobão (PMDB-MA), que está deixando Minas e Energia após sete anos, assumiu a vaga do pai quando ele chegou à pasta em 2008.
Ford 1929...
Tradicionalmente, um Rolls Royce conversível de 1952 é usado para levar o presidente da República à cerimônia de posse no Palácio do Planalto. Contudo, o carro de 1952, doado por Assis Chateaubriand a Getúlio Vargas, não será a única relíquia guiada no desfile: o governo federal alugou um Ford 1929 conversível por R$ 3,9 mil para a cerimônia, segundo a ONG Contas Abertas. A Secretaria de Administração da Presidência da República, órgão responsável pela emissão do empenho, também não informou para que será utilizada a preciosidade.
...e fusca
A bordo de um Fusca branco 1975, uma herança de seu avô, o blogueiro petista Robson Messias, de 44 anos, aportou em Brasília há 11 dias para acompanhar a posse de Dilma Rousseff. Ele já esteve nas duas posses de Lula e na primeira de Dilma. "Faço questão de ser o primeiro a chegar como uma forma de homenagear o que o PT tem feito pelo povo brasileiro", diz. Robson tem outra fixação: se caracteriza como Che Guevara: usa barba e uma boina parecida com a do guerrilheiro e decorra o fusca com imagens do revolucionário argentino.
Base menor
O site da Câmara dos Deputados publicou ontem uma análise sobre a base de apoio da presidente Dilma Rousseff a partir de 2015. Um total de 28 partidos terá representação na Casa, seis a mais que na atual legislatura. Hoje com a maior bancada da Câmara, o PT terá 18 deputados a menos na próxima legislatura: serão 69 deputados em 2015 contra os 87 atuais. Já o PMDB, partido do vice-presidente, Michel Temer, atualmente com 72 deputados, elegeu 66, seis a menos. Ao todo, os nove partidos que estão na chapa que elegeu Dilma (PT, PMDB, PSD, PP, PR, Pros, PDT, PCdoB e PRB) terão 304 deputados, 34 a menos do que as bancadas no final de 2014.
Jogo duro
A Força Sindical promete endurecer sua relação com o governo por causa da mudança nas regras de concessão de benefícios trabalhistas e previdenciários, anunciadas na segunda-feira. Por meio de nota, a central sindical disse que as medidas vão deixar milhares de brasileiros "ao deus-dará". "Em vez de agir com rigor para acabar com as fraudes e punir os responsáveis pelos desvios, o governo pratica a política Robin Hood ao contrário: tira exclusivamente dos pobres e os pune na hora em que eles mais precisam dos benefícios. Para onde irão os R$ 18 bilhões a serem economizados?", questiona a nota.
Pinga-fogo
"A índole da presidente Dilma não é de dialogar. A presidente tem dificuldade de conviver com o contraditório, com críticas."
Antonio Imbassahy (BA), líder do PSDB na Câmara, prevendo um 2015 de dificuldades para o governo no Congresso Nacional.
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Uma inelegibilidade bastante desproporcional
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