O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nessa quinta-feira (20) do evento internacional Cultivando Água Boa, em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. Em seu discurso, Lula se ateve ao tema do encontro, não atendeu aos jornalistas e evitou falar sobre o escândalo da Petrobras, investigado pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF) na operação Lava Jato.
Antes de iniciar seu discurso, o ex-presidente pediu um minuto de silêncio para homenagear o ex-ministro da Justiça Márcio Thomas Bastos, que faleceu pela manhã em São Paulo. Durante o evento, o ex-presidente citou a possibilidade de adiar a viagem a Montevidéu, onde participaria ao lado do ex-presidente uruguaio e candidato à presidência, Tabaré Vázquez, de um seminário sobre as experiências dos governos do PT e da Frente Ampla e amanhã almoçaria com o presidente uruguaio José Mujica.
O ex-presidente ressaltou em seu discurso a importância do projeto Cultivando Água Boa para o país. "O programa apresentou competência de resultados e sua maior qualidade é envolver pessoas, sem medo de competitividade. A água é um bem comum, devemos cuidar da água e cuidar da maneira que as pessoas se relacionam com ela, ou trabalhamos juntos para preservar ou sofreremos juntos as consequências", destacou.
Ao finalizar o discurso, o ex-presidente respondeu aos ataques sofridos pela presidente Dilma, afirmando que o país terá uma surpresa durante o segundo mandato de Dilma Rousseff. "Meu primeiro mandato foi muito difícil, também ameaçaram fazer um impeachment, a população tem que aprender a respeitar o resultado da democracia, parar de achar que democracia só existe quando eles gerenciam o país", finalizou Lula.
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