A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) vai realizar por cinco dias - a partir de sexta-feira - na cidade de Lima, no Peru, sua 67.ª Assembleia Geral. Colunistas, gurus da informática, juristas, editores, políticos e celebridades estarão presentes no evento.
Mais de 1.300 filiados, entre jornais, revistas e outras mídias, devem mandar representantes. Em painéis recheados de temas polêmicos, entre 200 e 300 jornalistas e editores vão debater os caminhos da informação nas três Américas. Um dos pontos altos do encontro, em um elegante hotel do centro de Lima, será o discurso de abertura do presidente peruano, Ollanta Humala.
Entre os debatedores, dois ex-presidentes - o boliviano Carlos Mesa e o peruano Alejandro Toledo - falarão das ameaças políticas à liberdade de informação. A celebridade convidada será o criador do WikiLeaks, Julian Assange - que, via teleconferência, se defenderá dos muitos críticos de seus métodos de obter os dados. O debate será na segunda-feira e o moderador será Milton Coleman, do The Washington Post.
Ética, legalidade, queda de leitores, informação virtual, pressões judiciais contra a imprensa, censura: não faltarão assuntos para animar a semana. Um dos painéis vai analisar o fechamento do tabloide inglês The News of the World, após operações tidas como antiéticas, por ele realizadas, para obter informações sobre a vida privada de celebridades.Censura
Representando o Brasil, o vice-presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa da SIP, Paulo de Tarso Nogueira - consultor do Grupo Estado -, apresentará um relatório atualizado sobre a liberdade de imprensa no país. Lá deverão estar, mais uma vez, os casos de jornalistas assassinados, de prisões, ameaças e episódios de censura judicial - como a do jornal O Estado de S. Paulo, que hoje completa 800 dias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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