Cerca de 20 mil pessoas participaram do ato contra o governo Dilma Rousseff (PT), neste domingo (16), em Londrina. A estimativa é da Polícia Militar. Já a organização do ato calculou a participação de 48 mil pessoas no protesto, que terminou por volta das 17 horas.
A concentração ocorreu na Avenida Higienópolis, em frente ao Colégio Vicente Rijo. Por volta das 14 horas, a Polícia Militar (PM) bloqueou os acessos à avenida. A passeata até o Calçadão estava programada para as 15 horas, mas começou com meia hora de atraso.
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Muito antes de os manifestantes chegarem, ambulantes já estavam a postos com camisetas, bonés e bandeiras do Brasil, além de apitos à venda. A maioria das pessoas chegou bem próximo ao horário do protesto.
Das janelas dos prédios, londrinenses acompanharam a passeata de suas casas e bateram panelas em apoio ao protesto. Por volta das 16 horas, já na Avenida Paraná, os organizadores do ato pediram, pelo carro de som, para que os participantes dessem as mãos e rezassem um Pai Nosso.
Logo em seguida, os manifestantes terminaram a caminhada com uma concentração na Praça da Bandeira, no Calçadão. Lá, ouviram discursos dos organizadores do ato sobre corrupção e a saída de Dilma da presidência.
A mobilização foi organizada nas redes sociais pelos grupos Marcha Londrina, Viva Londrina e Brasil Livre e ocorreu também em diversas cidades do país. Nas faixas levadas pelos manifestantes os pedidos: “Vem pra rua Londrina” e “Seja impeachment, renúncia ou cassação, devolva nossa nação. #ForaPT”.
Frustração
Carregando uma faixa com os dizeres: “Frustração: Lula ainda está solto”, o administrador de empresas Rudinei Picelli disse que participa do protesto porque a situação do país está insustentável. “Temos que dar todo nosso apoio ao trabalho do Ministério Público Federal, do doutor Moro [juiz Sergio Moro, da Lava Jato], da Polícia Federal, porque tem que colocar esse povo na cadeia”, disse. Ele defende a renúncia da presidente Dilma.
Participação
No início do protesto, um dos representantes do movimento Viva Londrina, André Elias, disse acreditar numa participação igual ou ainda maior que a de 15 de março, quando a PM contou 45 mil pessoas na manifestação contra o governo federal.
Fábio Martins, do Movimento Viva Londrina, confessou, no final da manifestação, que não estava com uma grande expectativa em relação ao protesto deste domingo em Londrina, porém, o grupo havia assumido o compromisso de seguir a agenda nacional de manifestações pelo país e acabou surpreendido com a participação dos londrinenses. “Graças a Deus, o londrinense é um povo patriota, que quer dar o exemplo positivo para o país. Nós organizamos a manifestação, mas quem faz mesmo é o povo”, avaliou.
Confusão
A manifestação em Londrina contou com pelo menos um momento de tensão. Quando os manifestantes caminhavam próximo à Rua Goiás, se depararam com um casal de estudantes que fazia um protesto pacífico pró-PT. No entanto, algumas pessoas ficaram irritadas e deram início a uma discussão com os jovens. Em entrevista à RPC, o major José Luiz de Oliveira disse que a situação foi controlada rapidamente pelos policiais militares que acompanhavam o protesto. Ninguém se feriu.
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