O secretário de Comunicação do governo Beto Richa (PSDB), Marcelo Cattani, pediu demissão do cargo na manhã desta segunda-feira (30). Segundo pessoas próximas a Cattani, a decisão vinha sendo maturada havia algum tempo.
Os motivos são vários, e incluem uma discordância em relação ao modo como o governo lidou com o caso Luiz Abi, o “primo” de Richa que está sendo acusado de fraudar uma licitação para o conserto de carros do estado.
Quedas em série
Com a saída de Marcelo Cattani , completou-se a renovação completa da Comunicação nas três esferas do Executivo. Na metade de janeiro, o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), trocou o jornalista Gladimir Nascimento pelo publicitário Paulo Vítola, em meio a uma desaprovação de 50% à época. Na semana passada, foi a vez de Thomas Traumann pedir demissão do governo federal, depois do vazamento de um documento em que ele apontava situação de “caos político” no país e “comunicação errática” do Planalto.
Cattani estava com Beto Richa desde que o tucano era prefeito de Curitiba, a partir de 2005. Assumiu a Secretaria de Comunicação do governo do estado no primeiro dia de Richa no Palácio Iguaçu.No final do primeiro governo, no ano passado, surgiram boatos de que ele seria substituído, ou de que a secretaria seria extinta, mas seu nome acabou sendo mantido na lista de primeiro escalão.
Deonilson Roldo, que é chefe de Gabinete de Richa, irá acumular a pasta da Comunicação Social, ao menos temporariamente. Jornalista de profissão, Deonilson já respondeu pela secretaria nos tempos de prefeitura de Curitiba.
Entre as insatisfações mais importantes de Cattani, segundo a Gazeta do Povo apurou, estão o fato de que o governador ouviria muitos “corneteiros” ao invés de gerir a comunicação com base nos conselhos dos técnicos da área.
Cattani também não estaria satisfeito com o modo como algumas crises foram conduzidas recentemente pela cúpula do Palácio Iguaçu, incluindo a tendência a dizer que Luiz Abi era distante do governador, quando há centenas de indícios em contrário.
Por fim, uma dívida milionária da Comunicação com os veículos de imprensa do estado também estaria deixando o agora ex-secretário bastante incomodado.
Segundo quem acompanha as movimentações no governo, esta é, por enquanto, a única mudança no primeiro escalão. Mas já se fala em uma reforma para as próximas semanas. Neste caso, porém, as saídas não seriam por vontade dos titulares.
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