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Os senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Cristovam Buarque (PDT-DF) anunciaram nesta quarta-feira (29), por meio de nota, que irão apresentar mais duas denúncias contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), junto ao Conselho de Ética.

Virgílio já havia apresentado quatro denúncias contra o peemedebista, que serão agora subscritas por Buarque. O Conselho já recebeu também cinco representações contra Sarney, duas feitas pelo PSOL e três pelo PSDB. O protocolo das denúncias deve acontecer nesta quinta-feira (30). As denúncias são feitas por parlamentares, enquanto as representações são apresentadas por partidos.

As novas denúncias dizem respeito a matérias veiculadas pela imprensa nesta quarta-feira. A primeira trata de uma transação de terras que teria sido feita pelo presidente do Senado. Sarney teria omitido a propriedade das terras para não pagar tributos.

A outra denúncia diz respeito a reportagem do jornal "Correio Braziliense" de que um assessor de Sarney teria usado seu prestígio de ex-policial federal para repassar informações privilegiadas ao grupo empresarial de Fernando Sarney, filho do presidente do Senado. Funcionária 'fantasma'

Nesta quarta, mais uma caso de favorecimento atingiu o presidente do Senado. Segundo reportagem publicada pelo jornal "O Estado de S. Paulo", a filha de um dos ajudantes de ordem de Sarney é suspeita de ser funcionária "fantasma" do Senado.

A estudante Gabriela Aragão Guimarães Mendes, filha do ex-agente federal Aluísio Guimarães Mendes Filho, foi nomeada em 5 de janeiro de 2007 pelo então diretor-geral da Casa, Agaciel Maia, como assessora parlamentar do gabinete de Sarney.

Segundo o jornal, ela consta na folha de pagamento do Senado, mas seria, na verdade, estagiária da Caixa Econômica Federal (CEF). Na terça-feira (28), a reportagem procurou Gabriela na casa da família, no Setor de Mansões Dom Bosco, Lago Sul de Brasília. O G1 procurou a assessoria de Sarney e aguarda resposta.

Fundação

Além dos problemas no Conselho de Ética, o presidente do Senado enfrenta problemas na Justiça. O Ministério Público Estadual do Maranhão (MPE-MA) reprovou as contas apresentadas pela Fundação José Sarney entre 2004 e 2007 e decidiu intervir na entidade, que tem Sarney como presidente vitalício.

Auditoria nas prestações de contas descobriu até que parte da verba repassada à fundação pela Petrobras acabou virando investimento: foi parar em aplicações bancárias. Por causa das irregularidades, o MPE vai indicar representantes para o conselho curador e para a diretoria executiva da entidade. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

Por meio de sua assessoria de imprensa, Sarney não quis comentar o assunto. A reportagem do G1 não conseguiu contato com a Fundação Sarney e aguarda resposta da Petrobras.

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