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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) cobrou nesta sexta-feira (3) explicações públicas do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, alvo nas últimas semanas de denúncias sobre a sua evolução patrimonial. "A questão é se teve ou não teve advocacia administrativa, porque ganhar dinheiro como consultor é normal", disse o tucano, após participar de evento em Nova York. O ex-presidente foi evasivo ao responder se o episódio poderá levar à saída do petista do governo. "Eu não estou lá, é difícil dar opinião, vai depender do desempenho dele", disse.

Em conversa com jornalistas, o tucano foi questionado ainda se os escândalos podem afetar o governo federal. "Os escândalos são sempre ruins. Um presidente não tem como evitar escândalo, eu não tive como", respondeu. Na avaliação do ex-presidente, a presidente Dilma Rousseff mantém as bases sólidas no Congresso Nacional. "Mas política é uma coisa dinâmica, depende da liderança. É bom que ela exerça liderança e não deixe espaço para outro exercer", afirmou, referindo-se a viagem na semana passada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Brasília para tentar contornar a crise.

FHC reuniu-se hoje com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon. O encontro foi para discutir relatório da Comissão Global de Política sobre Drogas que é liderada pelo ex-presidente.

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