![Em ofensiva contra o PT, Temer vai ao Nordeste na 1.ª viagem oficial Temer: deixando os gabinetes e indo para as ruas. | Lula Marques/Agência PT](https://media.gazetadopovo.com.br/2016/06/b806bf2d0901ff7641e0349327be8c1e-gpLarge.jpg)
Em uma ofensiva no principal reduto eleitoral petista no país, o presidente interino, Michel Temer, escolheu a Região Nordeste para sua primeira viagem oficial como mandatário em exercício do Palácio do Planalto. O peemedebista pretende viajar na semana que vem para estados como Pernambuco e Alagoas, que deram vitórias a Dilma Rousseff no segundo turno da campanha presidencial de 2014 e que são governados por partidos aliados à administração interina.
Na viagem, ele pretende visitar obras e iniciativas do governo federal e sancionar medida provisória, apresentada pela gestão anterior, que reabre prazos e concede benefícios para a quitação ou renegociação de dívidas de produtores rurais e de caminhoneiros.
Os agricultores mais beneficiados pela medida são os da região do semiárido nordestino, em área de atuação da Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste).
A menos de dois meses da votação final do processo de impeachment no Senado, Temer e Dilma iniciaram nos últimos dias queda de braço e demonstrações públicas de enfrentamento.
Em resposta à petista, que critica a gestão interina e acusa o peemedebista de ser golpista, Temer chamou de “oportunistas” aqueles que querem debitar sobre seu governo resultados negativos da economia e disse que não vai “destruir aquilo que mais toca” os setores sociais.
Na última quarta-feira (1º), o governo interino restringiu o deslocamento aéreo da petista ao trajeto Brasília-Porto Alegre por meio de aeronaves da FAB (Força Área Brasileira) e cortou temporariamente o “cartão de suprimento” da presidente afastada.
Entrevista com Dilma
No domingo (5), com o retorno do jornalista Ricardo Melo ao cargo de diretor-presidente da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação), a TV Brasil realizou uma entrevista com a presidente afastada. A iniciativa ocorreu dias depois do jornalista, nomeado pela petista antes de sua saída do cargo, ter conseguido uma decisão liminar na Suprema Corte garantindo a volta ao cargo após ter sido exonerado pelo presidente interino Michel Temer.
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