Sem os privilégios especiais, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, encontrou-se na tarde de ontem, em Paris, com o presidente da França, Nicolas Sarkozy. No encontro, de menos de meia hora, eles teriam discutido sobre crise econômica, meio ambiente e comércio, sem tocar na compra pelo Brasil dos aviões de caça Rafale, avaliada em R$ 12 bilhões.
Às 17 horas, Dilma reuniu-se com Sarkozy no Palácio do Eliseu. A petista chegou em carro oficial da embaixada e foi recebida pelo ministro das Relações Exteriores, Bernard Kouchner.
Sarkozy não se pronunciou ao fim do encontro, limitando-se a posar para fotografias e acenar para a imprensa. Tampouco o Palácio do Eliseu divulgou nota sobre o conteúdo da conversa.
Segundo relato da petista, ambos falaram sobre os interesses comerciais entre os dois países, a ação conjunta no G-20 e sobre meio ambiente e a Parceria Estratégica Brasil-França - que inclui a venda de material dos Rafale. Dilma, porém, negou que esse tema específico tenha sido abordado. E negou que, se eleita teria a mesma preferência já manifestada por Lula pelas aeronaves francesas.
A reunião serviu mais para a candidata produzir imagens de TV para sua campanha do que para firmar futuros acordos políticos. Mas o cinegrafista João Lourenço Garcia Pena - que integra a equipe de Dilma na viagem - não pôde registrar o encontro com Sarkozy dentro do gabinete presidencial porque a filmagem não foi liberada. Do pátio do palácio, porém, registrou a chegada e a saída de Dilma, as cenas com Sarkozy e até os beijinhos de despedida dos dois.
Tudo o que Dilma fez em Paris foi registrado por Garcia Pena. Depois da reunião com Sarkozy, o mais importante foi a conversa com a secretária-geral do Partido Socialista francês, Martine Albry. Os assessores da candidata informaram que as imagens serão editadas e usadas em seu programa de TV. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.