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“Dilma, vamos calar a voz do Brasil”, gritavam os servidores, numa referência à transmissão obrigatória em cadeia de rádio para todo o País, usada pelo governo para divulgar suas ações. | /
“Dilma, vamos calar a voz do Brasil”, gritavam os servidores, numa referência à transmissão obrigatória em cadeia de rádio para todo o País, usada pelo governo para divulgar suas ações.| Foto: /

Cerca de 50 funcionários da EBC - Empresa Brasileira de Comunicação estão fazendo protesto em frente à rampa do Palácio Planalto. Eles estão em greve há nove dias “por melhores condições de trabalho, contra os privilégios e em defesa da comunicação pública”. Os servidores carregam faixas e cartazes pedindo “ganho real de salário”, reclamando que a empresa propôs um “reajuste de 3,5%, bem abaixo da inflação de outubro a novembro, que é de aproximadamente 9,8%, conforme estimativa do Dieese.

“Dilma, vamos calar a voz do Brasil”, gritavam os servidores, numa referência à transmissão obrigatória em cadeia de rádio para todo o País, usada pelo governo para divulgar suas ações.

Os grevistas se queixam do número “exagerado” de cargos em comissão, que deveriam ser limitados a 30% do total de funcionários da empresa. Protestam também contra os altos salários pagos para esses cargos comissionados da EBC, que chegam a R$ 29 mil para o diretor-presidente, e R$ 25 mil para os diretores da empresa, além de outras vantagens, enquanto o salário base do servidor de nível superior é de R$ 3,6 mil.

A EBC informa que ofereceu 3,5% de aumento, o que não foi aceito pelos empregados, que entraram em greve. Com isso, a EBC entrou com pedido de dissídio na Justiça e a primeira audiência será amanhã à tarde. Sobre os salários, a EBC diz que não é possível fazer comparações entre cargos distintos e que o valor pago na empresa está no padrão de outras estatais.

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