A forte chuva que caiu na madrugada desta terça-feira na região metropolitana de São Paulo causou muitos problemas na capital, principalmente na zona sul, e em municípios da Grande São Paulo como Osasco. Entre meia-noite e quatro e meia da manhã, choveu 77 milímetros, quase 25% do previsto para todo o mês de janeiro.
O Rio Tietê subiu bastante com a chuva que caiu na madrugada, chegou perto do nível da nova calha, mas não transbordou. Houve apenas alguns poucos pontos de alagamento na marginal, nenhum deles no entanto chegou a bloquear a pista.
Já o córrego Pirajussara não resistiu à quantidade de água que caiu na madrugada e provocou alagamentos nos bairros do Butantã e Campo Limpo, e os municípios de Taboão da Serra e Embu. O tráfego ficou interrompido por mais de três horas na Rodovia Régis Bittencourt e na Avenida Francisco Morato. Os piscinões da região não deram conta da quantidade de água e vazaram para as ruas e avenidas.
Na manhã desta terça-feira, a situação estava um pouco melhor. Às 7 horas, havia 13 pontos de alagamento, sete deles intransitáveis - a maior parte no Campo Limpo e na região de Taboão da Serra.
O secretário das Subprefeituras Walter Feldman afirmou na manhã desta terça-feira que os piscinões da cidade funcionaram a contento e que não houve problemas de manutenção. Os piscinões são como áreas de escape para a água, normalmente construídos em regiões que normalmente sofrem com enchentes e alagamentos.
- Com 77 milímetros de chuva em pouco mais de quatro horas, não há piscinão que dê jeito. Teríamos que fazer mais uns cinco piscinões aqui na região do Pirajussara para que não acontecesse mais este tipo de problema por aqui - disse ele.
A chuva também fez transbordar o córrego Ribeirão Vermelho, no bairro Jardim Rouchedale, em Osasco, na Grande São Paulo. Cerca de quatro quarteirões foram alagados, deixando pessoas ilhadas. Ninguém ficou ferido, segundo informações do Corpo de Bombeiros.
Na capital, a chuva foi constante durante toda a tarde, especialmente nas zonas sul e norte e na região central. De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura, a cidade registrou 14 pontos de alagamento. O pior deles ocorreu na Avenida Antônio Munhoz Bonilha, que ficou interditada no trecho próximo da Avenida Inajar de Souza, no bairro do Limão, zona norte.
Também foram registrados pontos de alagamentos nas marginais Pinheiros e Tietê, o que causou lentidão no trânsito, especialmente no final da tarde. A Avenida 23 de Maio também apresentou trânsito lento em alguns trechos, no sentido bairro.
Um grande buraco na Marginal Tietê, perto da Ponte do Piqueri, interditou quase duas faixas da pista local, no sentido Castello Branco, segundo informações da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
O CGE informou que ocorreram pontos de alagamento na Avenida Brasil, na zona sul, e na Rua Maria Paula, na região central, o que tornou o trânsito na capital ainda mais difícil. A chuva atingiu ainda alguns municípios da Grande São Paulo, como Santana do Parnaíba e Barueri.
As chuvas também causaram inundações e estragos na cidade de Votorantim, na região de Sorocaba. Pelo menos 20 casas foram inundadas no bairro Bela Vista, na região central. A força das águas arrancou bocas-de-lobo na Avenida São João, uma das principais vias da cidade. Várias famílias tiveram os móveis levados pela enxurrada. Alguns automóveis também foram arrastados pelas águas.
Em Campinas, a 100 km de São Paulo, a chuva deixou a Defesa Civil em estado de observação. Segundo previsão do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), deve continuar chovendo na região.
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