O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), reagiu nesta sexta-feira à afirmação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o país não pode ficar sem os quase R$ 40 bilhões de receitas anuais gerados pela CPMF. Segundo Virgílio, basta o governo cortar despesas correntes, reduzir o número de ministérios - atualmente são 36 - e de cargos comissionados. O líder tucano disse ainda que, nos últimos quatro anos e meio, as despesas têm crescido sempre acima das taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
- Além de desnecessária, a CPMF tem proporcionado ao país festival de fisiologismo jamais visto no país, demonstrando ainda um fato perigoso, que é o descontrole do governo sobre a sua base parlamentar. (...) A CPMF é imposto ruim, pois onera todas as fases da cadeia produtiva, aumentando os custos empresarias e, conseqüentemente, os preços para os consumidores. E recai, igualmente, sobre ricos e pobres - disse Virgílio.
Segundo o líder tucano, com redução dos gastos correntes, corte progressivo nas alíquotas da CPMF e desoneração tributária, o governo estaria no caminho da vitalização da economia. Ele chegou a admitir que a CPMF poderia ser objeto de negociação, em direção a uma redução da alíquota de 0,08% em cinco anos, mas acusou o governo de atropelar a oposição na Câmara.
- O governo nunca nos procurou, a sério, para conversar. Fechou as portas ao diálogo. Ganha corpo, a cada dia, na bancada do PSDB, a resistência à aprovação da CPMF - afirmou.
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