Em SP, Dilma pede apoio de paulistas e diz que torcer contra é inaceitável

• 0

Ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e em evento com transmissão simultânea para outras três cidades de São Paulo, a presidente Dilma Rousseff (PT) pediu nesta terça-feira (25) em Catanduva (a 385 km da capital) o apoio do povo paulista, disse que a crise na economia é internacional e que é inaceitável que “se torça para o pior acontecer”.

“Podemos divergir, mas devemos agir juntos para proteger os interesses da população. Quando agimos juntos, somos capazes de realizar mais e melhor”, afirmou a presidente.

“A gente tem que enfrentar os problemas de frente. Jamais é aceitável que se torça para o pior acontecer. Porque quando acontece o pior, quem paga é a população do país.”

Há dez anos, Lula se dizia traído no escândalo do mensalão

Ex-presidente discursou em cadeia nacional de rádio e televisão

Leia a matéria completa

Dilma entregou de manhã 1.237 unidades residenciais do programa Minha Casa Minha Vida, em Catanduva. Ao mesmo tempo, foram entregues outras 754 casas em Araraquara, 448 em Araras e 116 em Mauá.

‘Não tenho como garantir que situação em 2016 será maravilhosa’, diz Dilma

Segundo presidente, é compreensível que pessoas se sintam preocupadas com futuro

Leia a matéria completa

As entregas nessas cidades de São Paulo – estado onde Dilma enfrenta sua mais forte oposição – foram transmitidas ao vivo por um telão instalado no palco onde a presidente discursou, sempre saudando os respectivos prefeitos de Araraquara, Araras e Mauá, que não estavam em Catanduva.

Por meio de link via satélite, o ministro Edinho Silva (Comunicação) participou do ato em Araraquara. Em Araras, estava Gilberto Kassab (Cidades) e, em Mauá, Miriam Belchior (presidente da Caixa Econômica Federal). Eles atuaram como “apresentadores” dos eventos em cada município.

Em sua fala, Dilma enalteceu o “dinamismo” e o “trabalho do povo paulista”, que “supera desafios e dificuldades”. “O Brasil e o meu governo têm muito orgulho do dinamismo, da capacidade e do trabalho do povo paulista. É um povo trabalhador, que constrói, que supera desafios e dificuldades. Por isso, tenho certeza que vocês [paulistas] vão entender que, quanto mais rápidos formos capazes de superar as nossas dificuldades, que são dificuldades pelas quais todos os países do mundo estão passando, [mais rápidos elas serão superadas].”

A presidente voltou a dizer que as dificuldades do governo serão superadas. “Temos de enfrentar os problemas e jamais será aceitável quem torce para o pior acontecer, porque quando acontece, quem paga é a população.”

Ela citou a turbulência na economia chinesa, a segunda do mundo, e disse torcer para que as dificuldades econômicas e financeiras daquele país sejam superadas. Mais cedo, ela tinha afirmado a rádios do interior que situação do país não deve ser maravilhosa no ano que vem.

Blindagem

O ato no conjunto habitacional foi “blindado” contra protestos. O bairro ficou todo cercado – desde as obras – e todos os contemplados com casas e seus acompanhantes utilizaram ônibus para se deslocar até o centro do bairro, onde a estrutura para o evento foi montada. Todos, sem exceção, passaram por detectores de metais antes de chegar ao espaço. Não houve nenhum protesto no local.

Já no centro de Catanduva, um grupo de 20 pessoas fez um protesto contra o governo federal.