Preocupado com o estrago que rumores de uma articulação em nome de sua candidatura à reeleição em 2018 podem fazer em sua base aliada, o presidente interino, Michel Temer (PMDB), telefonou para o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e negou qualquer disposição em concorrer ao Planalto.
Descartar uma candidatura à reeleição foi ponto central do acordo que levou o PSDB a apoiar o impeachment e o governo de Temer, após o afastamento de Dilma Rousseff. Aécio é o dirigente nacional da sigla.
Só no PSDB, três nomes despontam como pré-candidatos ao cargo em 2018: o do próprio Aécio, o do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o do chanceler José Serra.
A preocupação de Temer é que as especulações em torno de uma possível candidatura à reeleição abalem a unidade de sua base aliada, justo às vésperas de o Senado sacramentar o afastamento de Dilma.
Como mostrou reportagem do jornal Folha de S.Paulo publicada no domingo (31), nas últimas duas semanas ao menos três ministros proeminentes do governo interino admitiram que, caso sua gestão tenha sucesso, seria “natural” uma candidatura de Temer à reeleição.
No mesmo dia, o jornal O Estado de S. Paulo publicou entrevista com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na qual ele afirma que, confirmado o afastamento de Dilma, Temer poderia ser o candidato ao Planalto em 2018 com o apoio de toda a coalizão.
Em reunião com ministros e líderes da Câmara, nesta segunda-feira (1º), Temer também rechaçou a possibilidade de concorrer à reeleição.
Ele abriu o encontro e tomou a iniciativa de negar a pretensão de permanecer no Palácio do Planalto até 2022.
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