Em visita ao Hospital da Criança, em Feira de Santana (BA), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou falar com a imprensa sobre a crise no Ministério dos Transportes, mas fez uma breve análise sobre o caso quando provocado sobre os cada vez mais frequentes afastamentos de funcionários do governo.
"(As demissões) podem chegar a 100, a mil, a 10 milhões", disse o ex-presidente. "Só existe uma forma de a pessoa não ser investigada e não ser punida: não cometer erros. Se cometerem erros, serão punidas. Tenho certeza que a presidente Dilma (Rousseff) pensa como eu", disse.
Lula também falou que a visita à Bahia já integra um plano de viagens pelo País. "Depois, vou a Pernambuco, ao Ceará, a Sergipe. Vou conversar com o povo, porque ainda tem muita coisa a ser feita", afirma. "Já me adaptei à nova vida, sinceramente desencarnei (da Presidência) e vou começar a andar pelo Brasil. Sou um ajudante da presidente Dilma. Tenho plena convicção da competência dela", disse.
Segundo o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), que acompanhou Lula durante todo o dia, Lula não vai deixar de fazer política. "Ele é um ser político, vai continuar rodando o País defendendo o projeto em que acredita". A passagem pelo Hospital da Criança foi feita porque o ex-presidente não compareceu à inauguração da unidade, em 26 de agosto do ano passado, apesar de ter prometido. "Eu tinha de ter vindo visitar este hospital na inauguração, mas o tempo não estava bom para pousar aqui e não pude vir", explicou.
Antes da ida à Feira de Santana, Lula esteve em Santo Amaro, no Recôncavo Baiano, onde encontrou a matriarca da família Velloso, Dona Canô, de 103 anos. Segundo Wagner, o ex-presidente pediu para incluir a passagem por Santo Amaro no roteiro da viagem à Bahia quando soube que a mãe de Caetano e Maria Bethânia estava internada - ela passou uma semana no Hospital São Rafael, em Salvador, tratando uma traqueobronquite, e teve alta médica na última quinta-feira.
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