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A Alumini Engenharia, nome atual da Alusa, refuta que tenha pago propina em contratos da Petrobras, como relatou aos procuradores da Operação Lava Jato o ex-gerente da estatal Pedro Barusco. Ele fez a acusação após fazer um acordo de delação premiada.

A nota da Alumini diz que a empresa "repudia com veemência todas as acusações absolutamente infundadas que foram feitas".Reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo neste domingo (8), baseada em planilha entregue por Barusco aos procuradores, aponta que a Alusa pagou R$ 72 milhões em suborno, em valores atualizados, entre 2004 e 2013 para conseguir obras na estatal.

A Alusa ocupa a quarta posição na lista de Barusco entre os maiores pagadores de suborno, à frente de grandes empreiteiras como a Odebrecht, OAS e Andrade Gutierrez.Ainda segundo a empresa, "a Alumini jamais pagou propina a qualquer agente público ou político e tem absoluta convicção da lisura de seus atos". "A delação do sr. Pedro Barusco carece de coerência, uma vez que, ao mesmo tempo em que lança acusações mentirosas contra a empresa, também afirma, num dado momento, que a Alusa teria sido convidada a participar de uma licitação para 'quebrar o cartel'."

A empresa afirma que todos os seus contratos "foram conquistadas por meio de licitações transparentes e com regras rígidas e que jamais se envolveu em qualquer acordo ou atividade ilícita".

A lista

O planilha foi entregue por Barusco aos procuradores da Lava Jato após ele fazer um acordo de delação premiada no qual se comprometeu a devolver US$ 97 milhões que recebeu de suborno.

A tabela traz, ainda de acordo com o ex-gerente, os 89 maiores contratos da Petrobras em que houve pagamento de propina, o percentual do suborno, como ele foi repartido e o nome do intermediário entre as empreiteiras e executivos da petroleira.

Os contratos citados por Barusco na tabela somam US$ 97 bilhões, também em valores atualizados.

Barusco foi gerente da diretoria de Serviços, ocupada por Renato Duque, que foi indicado ao cargo pelo PT, segundo os investigadores da Lava Jato. Renato de Moraes, advogado de Duque, nega de maneira enfática que seu cliente tenha ligações com o partido e refuta que ele tenha recebido qualquer valor ilícito de empreiteiras contratadas pela Petrobras.

O ex-gerente relatou em depoimento que prestou no âmbito da delação premiada que o PT recebeu entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões. O partido refuta a acusação e diz que só recebeu contribuições legais.

Andrade Gutierrez e Odebrecht

Andrade Gutierrez e Odebrecht, também negam ter feito os pagamentos relatados na lista. As demais ou não se pronunciaram ou não foram localizadas pela reportagem.

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