Fornecedora de mão de obra contratada pelo Senado, a Plansul Planejamento e Consultoria transformou uma área do Congresso em "puxadinho" da empresa em Brasília. A Plansul ocupa de graça uma área de 23 metros quadrados, dentro do Senado, para negócios próprios. Lá deveria funcionar um posto de serviço para atender os terceirizados.
É de lá que a Plansul gerencia não só os três contratos com o Senado, de cerca de R$ 35 milhões ao ano, mas os que mantém com órgãos como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Câmara dos Deputados.
No site da Plansul aparecem informações sobre a matriz, em Florianópolis, e oito subsedes. Em Brasília, em vez do endereço, como nas outras localidades, aparece a indicação "escritório no DF", o nome do responsável, Paulo Machado Júnior, um celular e um telefone do Senado.
A empresa foi autorizada a se instalar no local por ato da Mesa Diretora de 2002. As despesas de luz e água são bancadas com dinheiro público. Ela paga valores simbólicos pelos pontos de telefone e do computador .
Paulo Machado Júnior informou que a empresa não tem outro escritório em Brasília. Depois se corrigiu, dizendo que tem, mas caberia à matriz informar a localização. Sobre o uso do telefone do Senado, disse que se trata de uma facilidade. "Como fico mais tempo no Senado, me encontram ali, é mais uma referência." Na matriz da Plansul, o assessor comercial, Silvio Prado Júnior, disse que está "por fora" da situação da empresa em Brasília.
Informado pela reportagem, o primeiro-secretário, senador Cícero Lucena (PSDB-PB), exigiu a retirada do telefone do Senado no site da Plansul e deve restringir o acesso a ligações, além de mandar investigar o caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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