Um dos suspeitos de desvios na Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs), o advogado Sidney Martins, afirma que o caso é de "natureza política" e reafirma o que havia dito à sindicância interna: o diretor administrativo-financeiro Ricardo Smijtink era quem dava as ordens.
Martins diz ainda que tudo foi feito para que o dinheiro desviado não passasse por movimentação bancária. Assim, os credores judiciais da Urbs não ficariam sabendo que a empresa tinha determinadas quantias em caixa e não poderiam entrar com pedidos de penhora do dinheiro.
"A Urbs tem uma enorme dívida da (época da) desapropriação e construção da Rua XV. A empresa, portanto, queria esconder os valores que possuía para que verbas não fossem retidas. Por isso, não queria qualquer movimentação bancária. Tudo era determinado pelo Ricardo Smijtink", afirma Martins.
O advogado ainda reclama que foi demitido antes do término da sindicância. Martins diz ainda estar tranqüilo quanto ao processo e que não teme qualquer outro tipo de punição. "A empresa usava desse estratagema e se o dinheiro está ou não contabilizado na Urbs, quem deve responder é o Smijtink. Eu ia buscar o dinheiro para a empresa não perdê-lo. Eram sobras de pagamentos, muitos de ações trabalhistas. Eu recebia ordens hierárquicas." Segundo ele, a Urbs também não queria que soubessem que a empresa tinha certas quantias de dinheiro em caixa no caso de rescisões de contratos de trabalho.
O advogado também criticou o fato de o cargo que ele possuía, o de procurador-chefe do departamento jurídico, que era uma função ocupada por funcionários de carreira, após o episódio, ter se transformado em cargo de indicação política. Martins trabalhava na Urbs havia 24 anos. Atualmente, Ivo Ferreira de Oliveira é o diretor-jurídico.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas
Deixe sua opinião