Em depoimento à CPI dos Sanguessugas, o empresário Ronildo Medeiros afirmou que o comércio de emendas da máfia das ambulâncias estava completamente descontrolado. Segundo ele, as emendas eram compradas pela organização e revendidas para terceiros. O empresário contou que os pagamentos eram feitos em espécie, depósitos em contas bancárias e transferências.
- A emenda era moeda e essa moeda tem que acabar - afirmou o vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE).
De acordo com Medeiros, os parlamentares ficavam com 15% a 18% do valor da emenda e os prefeitos, com 10%. Pelas análises internas da CPI, a maioria dos deputados envolvidos é do baixo clero e está ligada à bancada evangélica. As fraudes atingiam principalmente o Rio de Janeiro, Mato Grosso e Amapá.
- Somando as provas coletadas, temos o arcabouço que dá para realizar um relatório com provas, circuntâncias e testemunhas - afirmou o relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO).
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