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O empresário Edmilson Pinheiro Fernandes, 47 anos, foi preso na noite desta quarta-feira (23) por policiais da 14ª DP (Leblon) acusado de homicídio doloso. Ele dirigia o carro que caiu em um canal no Leblon, na Zona Sul do Rio, que resultou na morte da garota de programa Carla Cristina Torres Leite, 24 anos. Após prestar depoimento na delegacia, o acusado foi encaminhado para a Polinter, Zona Portuária do Rio.

Edmilson dirigia um BMW - que possuía blindagem e turbo no motor - com mais seis pessoas: Cristiane Rodrigues de Oliveira, 18 anos, Amanda Lopes e Silva, 22, Vanessa Silva, 22, Adair Ferreira da Silva Jr., 23, Leandro Magalhães Queiroz, 33, e Carla, que estava no banco carona dianteiro.

Após o resgate feito pelo Corpo de Bombeiros, as vítimas foram levadas para o Hospital Miguel Couto, no Leblon. A garota de programa Amanda Lopes fez tomografia na tarde desta quarta e continua internada. Os demais ocupantes foram liberados.

Além do homicídio doloso, Edmilson - que é empresário do setor da construção civil - também responderá pelos crimes de lesão corporal e por ter dirigido embriagado.

Bebidas e alta velocidade

Segundo a delegacia, Edmilson – que é casado - tinha ido à boate Termas Paris Café, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, na madrugada desta quarta. Ele estaria vindo de Icaraí, Niterói, Região Metropolitana do Rio.

Edmilson teria saído da boate junto com Adair, Leandro e as quatro garotas de programa. Segundo depoimento das vítimas, ele teria bebido bastante na boate e também enquanto dirigia. As vítimas também relataram que ele estava dirigindo em alta velocidade.

Segundo o delegado-adjunto da 14ª DP, Carlos Eduardo Pereira Almeida, Edmilson também teria sido multado em todos os radares de velocidade (conhecidos como "pardais") do Recreio dos Bandeirantes até o Leblon. Em uma das infrações, o radar registrou a velocidade de 149 km/h.

O delegado explicou que Edmilson responderá por homicídio doloso porque ele dirigia embriagado e em alta velocidade. Almeida se baseou nas informações dos dois boletins de atendimento do Hospital Miguel Couto, que apontavam que o acusado apresentava "embriagues aguda".

"Ele estava dirigindo em alta velocidade e, ainda por cima, embriagado. Ele estava colocando todos os ocupantes numa situação de risco, que ocasionou na morte de um deles. Por isso consideramos que ele cometeu um homicídio doloso", explicou.

Ainda de acordo com o delegado Carlos Eduardo, o acusado já tinha sete passagens pela polícia, desde por agressão e desacato até uso de drogas.

Advogado do acusado discorda da prisão

Em seu depoimento, Edmilson teria desmentido que estava embriagado. Ele relatou que, ao todo, tomou duas caipirinhas e uma vodca ice. Ele disse também à polícia que teria sofrido uma fechada de um outro carro, forçando a frear bruscamente, o que teria ocasionado o acidente.

O advogado de Edmilson, Joel Lacerda, informou que vai recorrer na Justiça quanto à acusação de homicídio doloso. "Ele deveria ser enquadrado no Código de Trânsito, e não no Código Penal. O que meu cliente fez foi um ato irresponsável, isso é inquestionável, mas ele está sendo julgado de forma errada", disse.

Com exceção das garotas de programa, que prestaram depoimento na 14ª DP, os outros ocupantes do veículo não compareceram à delegacia. De acordo com delegado Carlos Eduardo, eles deverão ser intimados ainda nesta semana.

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