Os empresários Arthur Edmundo Alves Costa e Luis Alfeu Alves de Mendonça foram as duas pessoas conduzidas à sede da Polícia Federal, no Rio, na última segunda-feira (3), na 17ª fase da Operação Lava Jato.
O Ministério Público chegou a pedir a prisão de Costa, mas o juiz federal Sergio Moro indeferiu e pediu o recolhimento de mais evidências.
Costa é diretor da Personal Service, empresa que fornecia mão de obra terceirizada de limpeza para a Petrobras. A estatal não informa se o contrato ainda está vigente.
Em 2015, ele foi finalista de um concurso sobre empreendedores do ano, que envolveu empresários de 60 países.
Segundo a delação do lobista Milton Pascowitch, pivô desta fase da operação, ele recebia propinas diretamente de Costa, até 2014, que giravam em torno de R$ 500 mil mensais. Os valores teriam sido pagos em espécie.
Luis Alfeu Alves de Mendonça é diretor da Multitek, empresa que teria contratos com a Petrobrás no Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro).
De acordo com o delator, o acerto da propina era referente a três contratos fictícios referentes a três obras distintas, que somavam aproximadamente R$ 5 milhões, e foram realizados para embasar o recebimento do dinheiro que teria sido pago a Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras.
Segundo os procuradores da Lava Jato, Duque foi indicado para o cargo pelo ex-ministro José Dirceu, preso na segunda-feira (3).
A reportagem não conseguiu entrar em contato com os advogados dos empresários. Os dois foram liberados após prestar esclarecimentos.
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