Enquanto o Congresso discute em Brasília o valor do reajuste do salário mínimo nacional, a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e outras entidades representativas do setor produtivo do estado iniciaram a mobilização para evitar um aumento superior à inflação para o piso regional que deve ser votado pela Assembleia até maio.
A Fiep trabalha com o porcentual projetado para inflação deste ano, 4,5%. Isso elevaria a faixa mais baixa do piso paranaense de R$ 663 para R$ 692. Mas a entidade também admite que o reajuste seja de 6,7%, o equivalente à inflação acumulada em 2010, pelo INPC. Caso seja aplicado esse porcentual, a faixa mais baixa do piso iria para R$ 707.
No início da semana, o governador Beto Richa (PSDB) recebeu representantes da Fiep e de outros instituições empresariais para tratar sobre o tema. No encontro, Richa disse apenas que a proposta que será enviada pelo governo para a Assembleia irá procurar atender aos interesses de trabalhadores e empresários.
No entanto, o secretário estadual do Trabalho, Luiz Cláudio Romanelli, já sinalizou que o aumento que será proposto não deverá atender totalmente ao desejo dos empresários. De acordo com ele, a base da discussão será a correção da inflação acumulada no ano passado, com a possibilidade de um aumento real.
"Estamos vendo uma forma de fazer o reajuste observando o que está acontecendo na economia. Eu acredito que temos de incorporar, ao menos, parte do crescimento econômico de 2010 [no reajuste]", afirma Romanelli. Segundo ele, o porcentual de aumento e os critérios usados para o aumento estão sendo estudados pelo Ipardes e pelo Dieese. O governo estadual deve encaminhar depois do carnaval para a Assembleia a proposta de reajuste do mínimo regional. Romanelli ainda informou que pretende fechar ainda neste ano uma regra permanente de reajuste do piso regional, que seria negociada entre governo, trabalhadores e empresários.
Os sindicatos patronais, por outro lado, argumentam que nos últimos quatro anos o mínimo regional tem sido reajustado acima dos ganhos de produtividade do estado. "Isso interfere na capacidade de competição do Paraná", diz o vice-presidente da Fiep, Hélio Bampi. O setor empresarial também reclama que, mesmo sendo destinado apenas para as categorias sem sindicato organizado, o mínimo regional influencia nas negociações salariais dos trabalhadores sindicalizados, tornando-as mais complexas.
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