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Três empresários foram condenados pela Justiça Federal no processo que apura fraudes no extinto Banco do Estado do Paraná. O juiz da 2ª Vara Criminal Federal, Sergio Fernando Moro, entendeu que os empresários se beneficiaram de empréstimos irregulares concedidos pela agência de Grand Cayman do Banestado. Cabe recurso contra a sentença condenatória e os empresários devem aguardar em liberdade. As empresas Tucumann Engenharia e Redram Construtora de Obras receberam 1 milhão de dólares cada em agosto de 1998. Já a Jabur Toyopar Importação e Comércio de Veículos pegou 1,5 milhão de dólares emprestados do banco. De acordo com a Justiça, os empréstimos foram concedidos sem formalização do processo de concessão e sem aprovação dos órgãos colegiados do Banestado. Ainda segundo a Justiça Federal, ficou provado que como contrapartida, o diretor da instituição recebeu dinheiro, que teria sido usada na campanha eleitoral de 1998.

Os empresários José Maria Ribas Muller, Sergio Fontoura Marder e Maria Cristina Ibraim Jabur foram condenados pela participação em crime de gestão fraudulenta e por corrupção. Muller também condenado por evasão de divisas e teve a pena fixada em oito anos e oito meses de reclusão. Já a pena dos demais é de sete anos e quatro meses. Eles também foram condenados a ressarcir os prejuízos sofridos pelo Banestado e pelo Estado do Paraná, já que os empréstimos não teriam sido pagos no vencimento.

Os fatos foram investigados por auditoria interna do próprio Banestado, pelo Banco Central, pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal e Estadual. Chegaram a ser objeto da Comissão Parlamentar de Inquérito constituída na Assembléia Legislativa (AL) do Paraná.

O advogado Carlos Alberto Forbeck de Castro, que representa o empresário Sergio Fontoura Marder, afirmou que seu cliente não ofereceu dinheiro ao diretor do banco. Ele disse que vai recorrer da decisão.

A reportagem da Gazeta do Povo ainda está tentando ouvir os outros envolvidos.

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