Quase 40% da verba da campanha de Luiz Sérgio, relator da CPI, veio de empresas da Lava Jato .| Foto: Fabio Pozzebom/ABr

Os deputados federais escolhidos para comandar a nova CPI da Petrobras receberam doações para suas campanhas de empresas suspeitas de integrar o esquema de desvios na estatal.

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O futuro presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), teve 60% de sua última campanha bancada com recursos dessas empresas. Já o futuro relator indicado pelo PT, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), teve 39,6% da receita de sua campanha proveniente da doação de empresas que estão sob a investigação da Lava Jato.

Motta recebeu R$ 451 mil da Andrade Gutierrez e da Odebrecht. Sérgio recebeu R$ 962,5 mil das empresas Queiroz Galvão, OAS, Toyo Setal e UTC.

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contribuição

60% da campanha

eleitoral do futuro presidente daCPI da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), foram bancados por empresas envolvidas no escândalo de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.

A assessoria de Motta informou que as doações recebidas foram de forma indireta, por meio de repasses feitos pelo PMDB, e que ele não tem ligação com a captação de recursos ou com representantes das empresas. A assessoria de Sérgio afirmou que o deputado só vai se pronunciar sobre o assunto após ser confirmado como relator da CPI, que deve ser instalada no Congresso nos próximos dias.

Partidos

O PP definiu na tarde desta quarta-feira (25) os nomes que vai indicar para compor a CPI. Segundo a investigação da Operação Lava Jato, o partido tem papel de protagonista no escândalo. Lázaro Botelho (TO), Cacá Leão (BA), Ricardo Barros (PR) e Sandes Júnior (GO) são os escolhidos do partido para integrar a CPI.

O PP era o único partido que ainda não havia apresentando nomes para a comissão, composta por 27 deputados. Mais cedo, PPS e PSC indicaram seus nomes.

O representante do PSC será o deputado André Moura (SE). A do PPS, Eliziane Gama (MA), única mulher titular na comissão.

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