Representante da empresa RCV de Curitiba: troca de cartões-resposta para suposta fraude no resultado de provas| Foto: Reprodução/tevê

Jataizinho

no Norte do Paraná, cancelou o concursos público realizado no último domingo porque a empresa responsável pela prova é suspeita de fraudar resultados.

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Representantes de três empresas paranaenses responsáveis pela organização dos concursos públicos foram flagrados em uma reportagem do Fantástico propondo um esquema para beneficiar candidatos. De acordo com a denúncia, que foi ao ar no último domingo, o esquema de fraude de resultados estaria sendo usado para beneficiar candidatos ligados a políticos, principalmente familiares e assessores. Juntas, as três empresas já realizaram concursos em 40 municípios do Paraná.

Na reportagem, a representante da GP Consuloria, de concursos de Francisco Beltrão, no Sudoeste do estado, afirma que até cinco candidatos poderiam ser aprovados irregularmente por meio do esquema. O contrato para a realização do concurso irregular ficaria no valor de R$ 22,5 mil. Em outro trecho da matéria, um representante da RCV, de Curitiba, e um da Cescar, de Maringá (no Norte do Paraná), revelaram que trocavam os cartões-resposta para o candidato beneficiado "acertar" o número de questões suficientes para ser aprovado.

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A assessoria de imprensa do Ministério Público do Paraná (MP) informou que a Promotoria de Proteção ao Patrimônio Público deve requisitar oficialmente uma cópia com a gravação da reportagem para decidir o que será feito oficialmente. O MP destacou que estão em andamento investigações sobre irregularidades em concursos públicos. No entanto, não há um levantaento sobre quantas são, nem de que cidades tratam.

A Câmara Municipal de Jataizinho, no Norte do Paraná, suspendeu o concurso público realizado no último domingo por uma das empresas envolvidas em um suposto esquema de fraudes. O concurso foi aberto para o preenchimento de cinco vagas, entre elas, a de advogado.

O esquema

A maior parte das irregularidades reveladas pelo Fantástico teria sido cometida em concursos municipais. De acordo com a denúncia, prefeitos e vereadores contratariam empresas para organizar as provas e pagariam propina para indicar os candidatos que deveriam ser aprovados. De acordo com a reportagem, há indícios de irregularidades em provas feitas nos 26 estados e no Distrito Federal.

As gravações foram feitas pelo Fantástico com câmeras escondidas nos três estados da Região Sul. Todos os envolvidos negaram que havia fraudes quando foram procurados pela reportagem do programa da Rede Globo e tinham conhecimento de que estavam sendo filmados.

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