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Mergulhadores encontraram na tarde desta quarta-feira o corpo do mestre-arrais do barco Costa Azul, que naufragou após colidir com o cargueiro Roko, de bandeira das Bahamas, na Baía de Guanabara, na noite de terça-feira. O corpo estava dentro da embarcação, onde devem estar os dos sete desaparecidos. Cerca de 200 homens da Capitania dos Portos e do Corpo de Bombeiros trabalham nas buscas. Cinco embarcações fazem um cerco na área do acidente para evitar que outros barcos circulem pelo local onde os mergulhadores estão trabalhando.

Doze pessoas estavam no Costa Azul (além do mestre-arrais, dois marinheiros e nove mergulhadores). Quatro conseguiram pular da embarcação antes que ela afundasse e foram resgatadas com vida. As outras oito provavelmente dormiam na parte inferior do barco quando houve a colisão.

O choque entre o navio mercante, que saíra de Itajaí, em Santa Catarina, e o barco pesqueiro aconteceu por volta das 23h de terça-feira. A embarcação, de pequeno porte, acabou afundando a 1,5 quilômetro de distância da Praça Quinze.

O barco foi encontrado na manhã desta terça a 37 metros de profundidade e o mar agitado dificulta as buscas. A Marinha abriu inquérito e tem 90 dias para concluí-lo.

O barco Costa Azul estava a serviço da empresa Tecsub Engenharia Subaquática, de Santos, que atua nas obras do emissário submarino da Barra da Tijuca. Os mergulhadores da Tecsub voltavam para o cais depois de um turno de trabalho nas obras.

Representantes da Tecsub, incluindo o proprietário Ismar Medeiros,chegaram ao Rio para acompanhar o trabalho de resgate e as investigações.

Avisos de socorro

Pouco depois do acidente, várias embarcações, que estavam na Baía, receberam pelo rádio avisos de socorro enviados por navegadores que viram o acidente. Uma lancha resgatou os quatro mergulhadores . Os tripulantes foram identificados como sendo Eduardo da Silva Pinto, Tiago Batista Barros, Eliezer Chaves Oliveira e André Luiz Lorenzeti. Estão desaparecidas pelo menos oito pessoas, entre elas Esmeraldo Pamaioto Josimar. Outros desaparecidos foram identificados apenas pelos seguintes nomes: Elivelton, Robson, Osvaldo e Gustavo.

A barca Boa Viagem, que havia acabado de sair da Praça Quinze em direção a Niterói, foi avisada pelo sistema de rádio de que havia muitos destroços no local do acidente. A embarcação mudou a rota, mas chegou a passar próxima dos destroços. Os passageiros, que não sabiam do que se tratava, ficaram surpresos e apavorados. Segundo informações da rádio CBN, uma mancha de óleo era visível entre a região do acidente e a Ilha de Mocanguê no início da manhã desta quarta.Outros acidentes

Um dos mais recentes acidentes de navegação na Baía aconteceu no dia 18 de abril passado, quando 30 pessoas ficaram feridas no choque entre um aerobarco da Transtur e uma chata. Em 2004, duas pessoas ficaram feridas quando o catamarã Pegasus bateu no cais da estação, em Niterói.

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