• Carregando...

Equipes de buscas encontraram na noite desta quarta-feira mais dois corpos de vítimas do acidente com o barco Costa Azul, que afundou após colidir com o cargueiro Roko, de bandeira das Bahamas, na Baía de Guanabara, na noite de terça-feira. À tarde, um corpo já havia sido resgatado. Ele foi encontrado estava dentro da embarcação, onde devem estar os das cinco pessoas ainda desaparecidas. Cerca de 200 homens da Capitania dos Portos e do Corpo de Bombeiros atuam nas buscas. No local do acidente, estão doze homens, três barcos da capitania, além de 15 mergulhadores. Eles já localizaram outros corpos presos nos destroços do barco, mas a Marinha não soube precisar quantos eram e está pouco otimista de que haja sobreviventes. A água turva e o mar agitado dificultam o trabalho, mas o capitão de Mar-e-Guerra da Capitania dos Portos informou que as buscas vão continuar durante a noite.

Doze pessoas estavam no Costa Azul (um mestre-arrais, dois marinheiros e nove mergulhadores). Quatro conseguiram pular da embarcação antes que ela afundasse e foram resgatadas com vida. Os demais provavelmente dormiam na parte inferior do barco quando houve a colisão.

O barco Costa Azul estava a serviço da empresa Tecsub Engenharia Subaquática, de Santos, que atua nas obras do emissário submarino da Barra da Tijuca. Representantes da empresa, incluindo o proprietário Ismar Medeiros,chegaram ao Rio para acompanhar o trabalho de resgate e as investigações. Na tarde desta quarta a empresa divulgou os nomes de cinco mergulhadores desaparecidos.

Márcio Irineu, 33 anos, mergulhador da Tecsub e que não estava no barco naufragado, lamentou nesta quarta o desaparecimento dos colegas . Ele trabalhava com a equipe há um ano.

- Somos preparados para missões arriscadas, mas ninguém espera uma coisa dessas - disse, com tristeza.

O choque entre o navio mercante, que saíra de Itajaí, em Santa Catarina, e o barco pesqueiro aconteceu por volta das 23h de terça-feira. A embarcação onde estavam os mergulhadores, que era de pequeno porte, acabou afundando a 1,5 quilômetro de distância da Praça Quinze, no meio da Baía de Guanabara. O barco foi encontrado na manhã desta terça, a 37 metros de profundidade. A Marinha abriu inquérito e tem 90 dias para concluí-lo.

Segundo informou a Tecsub, três mergulhadores tinham sido deixados pelo Costa Azul na Praça Quinze na tarde de terça. Depois o barco seguiu até o Caju, onde os funcionários da empresa abasteceram a embarcação de água e comida. Na manhã desta quarta eles seguiriam para o emissário submarino da Barra da Tijuca, onde faziam manutenção.

Avisos de socorro

Pouco depois do acidente, várias embarcações, que estavam na Baía, receberam pelo rádio avisos de socorro enviados por navegadores que viram o acidente. Uma lancha resgatou os quatro mergulhadores . Os tripulantes salvos foram identificados como Eduardo da Silva Pinto, Tiago Batista Barros, Eliezer Chaves Oliveira e André Luiz Lorenzeti.

A barca Boa Viagem, que havia acabado de sair da Praça Quinze em direção a Niterói, foi avisada pelo sistema de rádio de que havia muitos destroços no local do acidente. A embarcação mudou a rota, mas chegou a passar próxima dos destroços. Os passageiros, que não sabiam do que se tratava, ficaram surpresos e apavorados. Segundo informações da rádio CBN, uma mancha de óleo era visível entre a região do acidente e a Ilha de Mocanguê no início da manhã desta quarta.

Outros acidentes

Um dos mais recentes acidentes de navegação na Baía aconteceu no dia 18 de abril passado, quando 30 pessoas ficaram feridas no choque entre um aerobarco da Transtur e uma chata. Em 2004, duas pessoas ficaram feridas quando o catamarã Pegasus bateu no cais da estação, em Niterói.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]