A divulgação da pesquisa CNT/Sensus nesta segunda-feira (17) fez a líder do governo no Congresso, senadora Ideli Salvatti (PT-SC), recorrer ao twitter para comemorar o empate técnico entre a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, e o pré-candidato do PSDB, José Serra. "A Dilma na frente é Dilmais", brincou Ideli, ao fazer referência à ligeira vantagem da petista, que registrou 35,7%, sobre o tucano, que teve 33,2%.
Ideli avaliou que o crescimento de Dilma atestado na pesquisa é resultado do bom desempenho do governo e disse acreditar em um desempenho ainda melhor nas próximas medições. "Nenhuma dessas pesquisas retratou o programa do PT, que foi muito forte. Estamos comemorando, mas o salto alto continua zero", argumentou.
Já o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), procurou desqualificar o levantamento mencionando pesquisas realizadas pelo próprio partido nos estados. "Todos os nossos levantamentos setoriais mostram números bem distantes desse resultado. Acho que é uma coisa orquestrada", disse Virgílio.
Um dos parlamentares mais antigos do Congresso, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) analisou com cautela os números. Para ele, o resultado da pesquisa não revela o que deve acontecer na campanha. "Só quando a propaganda começar na televisão é que vamos poder dizer qual candidato estará melhor. A pesquisa hoje deixou de ser pesquisa para virar propaganda", argumentou Simon.
PesquisaA cinco meses da eleição presidencial de outubro, Dilma aparece com 35,7% contra 33,2% de Serra, no cenário em que o entrevistado é confrontado com uma lista com 11 candidatos. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, o que justifica o empate técnico. No levantamento, a pré-candidata do PV, Marina Silva, tem 7,3%.
A pesquisa foi encomendada ao Institudo Sensus pela Confederação Nacional do Transporte. Foram entrevistadas 2 mil pessoas, em 136 municípios de 24 estados.
Apesar de Dilma superar Serra pela primeira vez na pesquisa CNT/Sensus, a margem de erro leva o resultado a um empate técnico. "Há uma intersecção na margem de erro", afirmou Ricardo Guedes, do Instituto Sensus.
No cenário em que apenas Serra, Dilma e Marina são apresentados aos entrevistados, o candidato do PSDB tem 37,8% e leva ligeira vantagem sobre Dilma que aparece com 37%. Nessa situação, Marina tem 8%.
Todos os cenários estão relacionados ao primeiro turno da disputa. Já no segundo turno simulado entre Dilma e Serra, a candidata petista soma 41,8% dos votos contra 40,5% do candidato da oposição. No cenário entre Dilma e Marina, a petista soma 51,7% e a candidata do PV, 21,3%. Na simulação Serra contra Marina, o tucano tem 50,3% e Marina 24,3%.
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