O agente da Polícia Federal (PF) Newton Ishii ganhou notoriedade ao participar da condução de presos da Operação Lava Jato, deflagrada em março de 2014, e ficou conhecido como o “japonês da Federal”. De lá para cá, ganhou marchinha de carnaval, virou boneco de Olinda e esteve presente em diversos memes na internet referentes às prisões da operação.
Em março deste ano, quando o ex-presidente Lula foi alvo de um mandado de condução coercitiva na Operação Aletheia, ele questionou a ausência de Ishii entre os agentes que cumpriram o mandato. “Ué, mas cadê o japonês?”, teria dito ao ver os federais à sua porta.
O “japonês da Federal”, porém, não faz parte da equipe da PF que atua em ações como essas. Como chefe da carceragem da Superintendência da PF, ele trabalha principalmente na condução de presos para exames de corpo de delito e transferências.
Mesmo envolvido no caso da Operação Sucuri - que levou à prisão de Ishii nessa terça-feira (7), o “japonês da Federal” é tido como um agente de confiança pela instituição – independentemente das suspeitas de vazamentos e de problemas anteriores com a corporação.
Ishii também era investigado por suspeita de vazar informações sobre operações da PF. Em novembro, o policial foi apontado como responsável por vender informações sigilosas à imprensa pelo advogado do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, Edson Ribeiro, em gravação divulgada pelo filho de Cerveró, Bernardo.
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