O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em setembro por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo suposto envolvimento no escândalo de corrupção da Petrobras.
Ele é citado nos depoimentos de dois delatores da Operação Lava Jato por ter recebido US$ 5 milhões em propinas de contratos da Petrobras. Cunha estaria envolvido em contratos de navios-sondas e em negócios fechados pela Petrobras na África.
Os recursos teriam sido destinados a contas secretas de Cunha na Suíça. Ele nega que tem contas no exterior, apesar de investigações de autoridades suíças afirmarem o contrário. Como a denúncia da Procuradoria-Geral da República não foi acatada pelo STF, ele não é réu, apenas investigado.
As supostas contas no exterior também são motivo de representação contra Cunha no Conselho de Ética da Câmara. Ele teria mentido à Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras ao dizer que não mantinha contas fora do país, o que se configuraria como quebra de decoro parlamentar.