As três principais operações realizadas pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) nos últimos meses em Londrina têm mais em comum do que apenas a cidade de origem. As operações envolvem personagens em comum, que se relacionam entre si, formando uma teia que leva os investigadores a acreditarem que, embora os objetos das operações sejam diferentes, as três têm ligações entre si.
Desde o ano passado, o Gaeco iniciou investigações contra o alto escalão da Receita Estadual em Londrina e Curitiba. Os fatos descobertos levaram a abertura de uma linha de investigação sobre a exploração sexual de adolescentes na cidade, iniciada em janeiro de 2015, com envolvimento dos mesmos funcionários públicos investigados. Mais recentemente, por último, o Gaeco também trouxe à tona a investigação sobre a contratação de uma oficina para fazer reparos de manutenção em carros de órgãos públicos do Estado em Londrina e região.
A Operação Publicano, que tem como objeto uma rede de propina envolvendo fiscais da Receita Estadual de Londrina e funcionários do alto escalão do órgão em Curitiba, coloca sob suspeita o patrimônio de R$ 30 milhões em fazendas pertencentes a um dos auditores presos. Além disso, há suspeita de que um iate e um apartamento na área nobre do Rio de Janeiro tenham sido adquiridos com dinheiro sujo do esquema.
A operação contra exploração sexual proporcionou a apreensão de R$ 20 mil que estavam com o auditor preso Luís Antônio de Souza. Ele foi detido em um motel com uma garota de 15 anos. Cerca de 20 garotas foram identificadas pelo Gaeco como vítimas da exploração sexual na cidade.
O infográfico abaixo mostra detalhes sobre as operações e como elas se relacionam entre si.
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