Manifestantes não perderam tempo e já saíram às ruas com camisetas remetendo à “República de Curitiba”.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

A “República de Curitiba”, o novo e simbólico Estado brasileiro, ganhou diversos moradores desde quarta-feira (16), quando foram divulgados os áudios interceptados de gravações telefônicas envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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INFOGRÁFICO: Veja como funciona a “República de Curitiba”

Em uma das conversas, registrada no dia 4 de março, o petista desabafou com a presidente Dilma Rousseff (PT): “Eu, sinceramente, estou assustado com a ‘República de Curitiba’”.

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A expressão conquistou adeptos que, ao contrário de Lula, passaram a exaltar o pertencimento ao local onde estão centralizadas as investigações da Operação Lava Jato. Nas redes sociais, há diversas referências a “nova República”.

Nos protestos de quinta-feira (17), surgiram até camisetas com a frase, acompanhada de imagens do juiz federal Sergio Moro e de integrantes da força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF).

A referência de Lula veio acompanhada de uma constatação do ex-presidente: “A partir de um juiz de primeira instância, tudo pode acontecer neste país”.

Depois de dois anos, a Lava Jato se agigantou, fazendo com que os investigados temam a “República de Curitiba”.

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Segundo dados do MPF do Paraná, somente na primeira instância, a Lava Jato já instaurou 1.114 procedimentos; realizou 484 buscas e apreensões; expediu 117 mandados de condução coercitiva; e cumpriu 133 mandados de prisão.

Além de todos os citados, o próprio Lula se diz “assustado” com a “República de Curitiba”: ele é alvo de investigação da Lava Jato por suspeita de ter recebido vantagens indevidas de empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção.

Com o cargo da Casa Civil, o ex-presidente não escaparia da investigação, mas os inquéritos seriam transferidos para Brasília e o julgamento de uma possível denúncia sairia das mãos do juiz Sergio Moro e iria para o Supremo Tribunal Federal (STF).

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