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 | Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Por que o presidente Lula resolveu vetar a inclusão das obras da Petrobras na lista das que não podem receber recursos?

O Tribunal de Contas da União fez um relatório, que foi mandado para o Congresso, ficou lá alguns meses para ser deliberado. No fim votaram na Comissão de Obras Irregulares para incluir no Anexo proibindo a continuidade das obras da Repar e de mais outras três da Petrobras. Na véspera de votar o Orçamento, foi anunciado um acordo dos parlamentares, que iam retirar essas obras. Mas, no dia da votação, não houve quórum e por isso não votaram.

Qual a importância dessas obras para o governo federal?

Nós temos 28 mil pessoas trabalhando nessas obras. Em Araucária, há uns 9 mil. Esperamos o prazo máximo para sanção do Orçamento porque estávamos aguardando alguma solução dos parlamentares, que disseram que iam resolver. Nós tínhamos duas alternativas: sancionar o Orçamento, o que ia parar tudo e fazer com que as empresas mandassem os trabalhadores embora; ou fazer o que fizemos.

Por que somente a restrição às obras da Petrobras foi vetada?

Há uma briga enorme entre a empresa e o TCU, uma queda de braço permanente. Todo dia o TCU decide que a Petrobras não pode fazer licitação fora da Lei 8.666, e todo dia o Supremo Tribunal Federal diz que a gente pode fazer e a gente vem fazendo. Isso acontece desde a época do (ex-presidente) Fernando Henrique.

A decisão do governo federal não é uma afronta ao TCU?

O que acho é que a gente tem de dar uma solução para os problemas, não aumentá-los ou deixá-los sem solução. Estamos administrando. As estatais no ano passado fizeram mais de R$ 70 bilhões de investimentos. Tínhamos que tomar a decisão e tomamos. (RF)

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