Uma declaração da vereadora Renata Bueno (PPS) ameaça tirar o deputado federal Rubens Bueno (PPS), pai dela, da vaga de vice na chapa de reeleição do prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB). "Só a presença dele [Rubens] vai salvar esse governo [de Ducci]", disse Renata em entrevista publicada ontem no portal Terra. "Várias pesquisas mostram isso", complementou a vereadora.
A indicação de Rubens já era dada como certa. O próprio deputado havia dito que aceitaria o cargo e que só dependia de um aval da cúpula nacional do PPS. Mas a entrevista de sua filha causou mal-estar na cúpula da campanha de Ducci. Uma reunião de emergência teria sido convocada, ontem à noite, para discutir o assunto.
Rubens Bueno estava livrando os entraves à sua indicação a vice. Na noite de ontem, se reuniria com integrantes do diretório nacional do PPS para obter o aval da cúpula nacional.
Apesar de resistências, especialmente na Câmara de Curitiba, alguns dos principais adversários de Bueno na briga pela vaga já estavam manifestando, antes de a entrevista de Renata ser publicada, que estavam conformados com a decisão de Ducci por Rubens Bueno. "Muito mais importante que a campanha para vice é a campanha para prefeito", disse o deputado estadual Osmar Bertoldi (DEM). O também deputado estadual Mauro Moraes (PSDB) frisou que Bueno "não era seu candidato, mas política se joga em grupo".
No entanto, a filha se tornou o maior empecilho para Rubens, especialmente entre os vereadores da base de Ducci. O posicionamento do PPS e da vereadora Renata Bueno, durante as denúncia de irregularidades praticadas pelo ex-presidente da Casa João Cláudio Derosso (ex-PSDB), causou insatisfações. Além disso, os vereadores consideram que ela os ofendeu ao chamá-los, no ano passado, de "bando de gentalha".
"A máfia ganhou mais um componente, mais uma gentalha", ironizou ontem o líder do PSDB na Câmara, Emerson Prado. Entretanto, ele frisou que os vereadores irão manter o apoio ao prefeito, independente do vice.
Dentro do PSDB, maior aliado de Ducci na eleição, quem demostrou mais insatisfação com a escolha foi o deputado federal Fernando Francischini. Ele já cogitaria deixar o PSDB para se filiar ao recém-criado PEN. Ontem, a reportagem tentou entrar em contato com o parlamentar, mas não obteve sucesso.
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