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A defesa da unidade do partido em torno da candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República, marcou o encontro de prefeitos, vices e vereadores do PT mineiro, encerrado neste domingo, em Belo Horizonte. A ministra foi convidada para a abertura do evento, no sábado, mas não compareceu. Ela se dirigiu aos participantes por meio de um vídeo, no qual saudou os novos gestores e prometeu apoio da Casa Civil para o cumprimento dos compromissos assumidos.

"Há um entusiasmo com a candidatura da Dilma, essa é a unidade central. E uma unidade também no sentido de que Minas deve se adequar ao objetivo de eleger a Dilma. Portanto, um esforço para fazer uma composição com o PMDB e de o PT aqui sair acertado", disse o deputado federal Virgílio Guimarães (MG).

Apesar da grande presença de militantes ligados ao grupo do ex-prefeito da capital mineira Fernando Pimentel, o encontro acabou esvaziado. Apenas 22 dos 110 prefeitos petistas eleitos, 12 vices e 95 dos 659 vereadores eleitos no Estado marcaram presença. Dos principais líderes do PT estadual, somente Pimentel compareceu à solenidade de abertura.

Os ministros mineiros Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome) e Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência) alegaram problemas de agenda e não participaram do evento. Os dois se opuseram à aliança firmada por Pimentel com o PSDB do governador Aécio Neves na eleição para prefeito de Belo Horizonte no ano passado. Patrus disputa com ex-prefeito a indicação do partido para concorrer Palácio da Liberdade em 2010.

Pimentel se irritou ao ser questionado se a ausência dos ministros era uma retaliação pela entrevista que concedeu à revista Veja e na qual afirma que Dulci e Patrus foram levados "de roldão" na eleição em BH por "um setorzinho xiita de Minas" que reza "pela cartilha marxista-leninista".

"As grandes estrelas do PT são os nossos militantes, os homens e mulheres que construíram esse partido no Brasil inteiro e eles estão todos aqui", desconversou o ex-prefeito.

Virgílio Guimarães, porém, reconheceu que "um segmento" do PT estadual fez "um esforço no sentido de não incrementar" o encontro, desestimulando o comparecimento de prefeitos e vereadores.

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