Como resposta às manifestações, o governo do estado estaria planejando realizar uma reforma administrativa, a exemplo do que anunciou na sexta-feira o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Segundo fontes palacianas, cogita-se um corte de até cinco secretarias. Dentro do Palácio, porém, sabe-se que a medida poderia causar desgaste político com aliados e partidos da base. Em contrapartida, poderia agradar a opinião pública. Na prática, a única coisa que Richa fez por enquanto foi ocupar uma secretaria que estava inativa e nomear Ezequias Moreira, pivô do escândalo da sogra fantasma, como secretário especial de Cerimonial e Relações Internacionais.
Agenda
Hoje a Assembleia Legislativa do Paraná discute a PEC 02/2013, que altera a composição do Órgão Especial do TJ. Pela proposta, o tribunal poderia decidir o número de membros entre 11 e 25. Hoje, a Constituição do Paraná estabelece um número fixo de 25.
Amanhã a Câmara Federal vota um pedido de urgência no polêmico projeto que permite a "cura gay". Caso seja aprovado, o projeto pode ser votado já na quarta-feira. Presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), diz que pretende "enterrar" o projeto em plenário.
Amanhã pauta movimentada no Senado. Serão votados projetos sobre a destinação obrigatória dos royalties do petróleo para educação e saúde e a extensão da Ficha Limpa para servidores públicos comissionados.
Quase tudo pronto
Definidos os membros, a presidência e a relatoria, a CPI da Urbs faz hoje a última reunião antes de começar para valer. Os vereadores se reúnem às 14 horas para discutir o regulamento da comissão. Será a única atividade legislativa na Câmara, que está de recesso. Nos bastidores, fala-se em deixar a CPI em banho-maria até o fim de julho, justamente por causa do recesso. O presidente da CPI, Jorge Bernardi (PDT), disse na sexta que a comissão funcionará normalmente nesse período.
Rapidinho
A Câmara pode votar já nesta semana projeto aprovado no Senado que torna a corrupção crime hediondo. Iniciativas desse tipo já existiam desde 2004, incluindo um projeto do ex-presidente Lula, de 2009, mas apenas no último dia 26 um projeto de 2011, de autoria do senador Pedro Taques (PDT-MT), foi para votação. A onda de protestos em todo o Brasil contribuiu para que o Congresso desse celeridade à votação dessa proposta.
Reunião
A presidente Dilma Rousseff faz hoje mais uma reunião ministerial para discutir uma resposta do governo à onda de protestos. Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a intenção é repassar "encaminhamentos" aos ministros sobre o que fazer nesses momentos. Bernardo adiantou, também, que a presidente deve convidar políticos de todos os partidos, incluindo a oposição e empresários para discutir o projeto de plebiscito da reforma política.
Pinga-fogo
"Se houvesse um consenso, tempo exequível, o plebiscito seria o ideal. Mas, como na vida política temos um mundo real, não só o ideal, vou me prevenir."
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Câmara dos Deputados, justificando a existência de um "plano B" para o plebiscito da reforma política.