A força tarefa da Polícia Federal na Operação Lava Jato em Curitiba terá dez novos integrantes a partir do próximo dia 25 e passará a contar com 57 policiais federais.
O grupo da Lava Jato receberá dez novos agentes da PF que trabalharão em regime de dedicação exclusiva pelo menos até o fim do ano, segundo o delegado Mauricio Moscardi, um dos coordenadores da equipe.
De acordo com o delegado, o aumento do efetivo foi determinado pela direção da PF no começo desta semana após pedido da coordenação da Lava Jato, que também é composta pelo delegado Igor Romário de Paula e pela delegada Erica Marena, entre outros.
A medida é tomada em um momento em que setores da PF afirmam que a equipe da Lava Jato está sob risco de desmanche, que teria como ponto de partida o recente desligamento do delegado Eduardo Mauat do grupo.
No início do mês, além de Mauat, deixaram a força-tarefa Luciano Flores, que integrava a Lava Jato desde o princípio e conduziu o interrogatório do ex-presidente Lula (PT) em março, e Duílio Mocelin Cardoso.
Flores foi afastado a pedido, para atuar na Olimpíada. Ele deverá voltar ao grupo após o encerramento do evento. Mauat e Cardoso voltam às suas bases no Rio Grande do Sul e em Rondônia, respectivamente.
Na época, a PF negou “desmanche” e disse que a troca era para “oxigenar o grupo” e dar “um novo fôlego” à investigação. Com a saída dos três, passaram a integrar a equipe os delegados Rodrigo Sanfurgo, que chefiou a delegacia de combate a crimes financeiros em São Paulo, Roberto Biasoli, que trabalhou no departamento de cooperação internacional do Ministério da Justiça, e Luciano Menin.
Nesta sexta (15), Moscardi afirmou que as ações da direção da PF mostram que hoje o risco de desmanche não existe.
“O aumento da equipe de policiais dedicados exclusivamente à operação Lava Jato vem no sentido de buscar uma maior celeridade na análise do material obtido nas fases já executadas, e de aumentar a possibilidade de avançarmos ainda mais em fatos ainda não explorados. Portanto, é mais um investimento no futuro da própria operação”, disse.
- Temer ‘acha graça’ ao ser chamado de golpista e quer ‘desidratar’ o Centrão
- Moro diz que Congresso e Executivo ainda não contribuíram para o combate à corrupção
- Pedido de Lula para anular grampos não é consistente, defende Moro ao STF
- Lava Jato pede a Moro que cobre de Lula explicações sobre presentes
- Depois de quatro meses, projeto anticorrupção ganha comissão no Congresso
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião