"Eu não assinei. Eu rubriquei." Assim a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, tentou explicar ontem a polêmica substituição de seu programa de governo no registro da candidatura na Justiça Eleitoral. Ela afirmou que "foi um erro" do PT a apresentação de uma primeira versão mais radical, que reproduzia resolução aprovada em fevereiro, no congresso nacional do partido. A candidata argumentou que apenas rubricou, sem ler o que estava escrito, negando ter chancelado o documento, que foi substituído no mesmo dia. "Eu não assinei documento nenhum, porque não tem documento a ser assinado. Eu rubriquei páginas, eu não olhei. Não achei que iam colocar o outro programa, o de fevereiro. Tinham de botar o que nós tínhamos acertado em junho", declarou Dilma. No primeiro programa de governo apresentado, havia propostas como a taxação de grandes fortunas e o combate ao "monopólio da mídia". * * * * *
Em alta
Transparência
A liminar da Justiça que obriga a Assembleia paranaense a publicar os diários oficiais na internet facilita o acesso da população às informações, mantidas há até pouco tempo a sete chaves pelo comando da Casa, sobre contratações de servidores no Legislativo. Denúncias de irregularidades na Assembleia, divulgadas pela série "Diários Secretos", da Gazeta do Povo e da RPC TV, mostram que cerca de R$ 100 milhões teriam sido desviados dos cofres públicos.
Em baixa
Planos de governo
O que era para ser uma medida para ajudar os eleitores na escolha dos candidatos aos cargos no Poder Executivo acabou mostrando a falta de preocupação, por exemplo, dos postulantes à Presidência. José Serra (PSDB) entregou ao TSE cópias de dois discursos dele afirmando que eram diretrizes de seu programa de governo. Dilma Rousseff rubricou um plano e entregou ao tribunal sem ler. Percebido o erro, teve de passar pelo vexame de pedir para trocar pelo documento correto.
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Traficantes
Jornalistas que cobriram ontem a visita de Marina Silva, candidata do PV à Presidência, ao Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, no Rio, sofreram constrangimentos com a presença de traficantes no local. Embora a agenda da candidata tivesse anunciado que a visita começaria às 10 horas, Marina chegou antes e entrou por outro caminho. As orientações dadas pelos militantes do PV confundiram os repórteres e levaram as equipes, a medida que chegavam, a entrar isoladamente no morro.
Defesa do projeto
O deputado federal Alex Canziani, autor do projeto que deu origem à Lei 12.285/2010, que confere a Apucarana o título de Capital Nacional do Boné, defendeu ontem sua proposta, em resposta ao indagamento sobre o custo de projetos, como o do parlamentar, na coluna publicada na edição de ontem. "Uma marca hoje chega a valer muito do ponto de vista mercadológico, às vezes até mais do que a de uma empresa em particular. A partir do momento que damos esta denominação, como a de Apucarana Capital Nacional do Boné, o título fortalece e consolida a sua economia e cria mais oportunidades sociais e econômicas para a cidade. É uma visão de futuro."
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Pinga-fogo
"Eu sou o maior interessado em concluir o processo de transparência e modernização da Assembleia Legislativa. No minuto seguinte, em que o projeto de transparência sair da CCJ [Comissão de Constituição e Justiça], eu levo ao plenário e coloco em votação."
Nelson Justus, presidente da Assembleia paranaense, prometendo agilidade no andamento da proposta Apajufe.
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