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A ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra acaba de sofrer nova censura ética pela Comissão de Ética da Presidência da República. O motivo agora é por causa de tráfico de influência.

As informações foram dadas pelo relator do caso e integrante da Comissão de Ética, Fabio de Sousa Coutinho. Segundo ele, foi feita uma apuração ética, na qual a ex-ministra apresentou sua defesa, houve uma cuidadosa análise e a conclusão foi pela aplicação de uma nova censura. Ainda de acordo com ele, a sanção é uma condenação que a comissão de ética dispõe, demonstrando que determinada conduta não foi compatível com o cargo público.

"Esta é a sanção que o Estado, no âmbito ético, pode fazer", disse. Essa sanção não impede que Erenice Guerra seja contratada por um órgão público. Mas o relator lembra que é da competência de quem vai contratar avaliar. Uma recomendação contra a contratação da ex-ministra, explica o relator, só é possível se houver uma mudança nas normas.

"A sanção ética tem sentido pedagógico. Mostra que certas práticas não são compatíveis com a ocupação de cargo na alta administração pública", disse Coutinho. Se Erenice Guerra ainda ocupasse um cargo público, a Comissão de Ética recomendaria a sua exoneração. A ex-ministra ainda pode recorrer e a decisão tomada pela comissão será encaminhada automaticamente para a Casa Civil.

Esta é a segunda censura ética à Erenice Guerra em cinco meses. A decisão foi tomada por unanimidade e estavam presentes seis dos sete integrantes da Comissão de Ética. A primeira censura foi pela não apresentação da declaração confidencial de bens.

A ex-ministra renunciou ao cargo em setembro do ano passado, durante a campanha eleitoral. Na época, foram feitas denúncias de tráfico de influência, com o envolvimento dos filhos de Erenice Guerra, que teriam intermediado contratos de empresas com órgãos ligados ao governo.

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