A definição de quem será o vice do candidato tucano ao governo estadual, Beto Richa, também estava na dependência de um posicionamento do senador Osmar Dias (PDT). Ontem, a direção do PSDB no Paraná, que se reúne hoje para decidir quem será o vice de Richa, ainda aguardava por uma resposta de Osmar à proposta de aliança apresentada pelos tucanos.
A oferta do PSDB é de que o PDT teria direito a indicar o vice e o nome do segundo candidato ao Senado da chapa encabeçada por Richa. O deputado estadual Augustinho Zucchi (PDT) era cotado para ser o vice e Osmar tentaria a reeleição ao Senado.
Apesar do desejo dos tucanos, a direção nacional do PDT, no entanto, já tinha afirmado que não aceitaria esse acordo no Paraná. Apesar disso, ontem os tucanos ainda pareciam manter a esperança. "Vamos avançar nessa questão a partir de amanhã [hoje] cedo. Nós ainda temos a expectativa de que o Lupi [ministro Carlos Lupi, presidente nacional licenciado do PDT] libere a aliança", disse o presidente estadual do PSDB, deputado Valdir Rossoni.
Cenários
Uma das opções para vice de Richa, no caso da impossibilidade de uma aliança com os pedetistas, é o senador Flávio Arns (PSDB). "Já faz algum tempo que várias pessoas vêm levantando essa possibilidade. Da minha parte, eu fico feliz com a lembrança, mas é uma decisão que cabe a ele [Beto Richa]", afirmou Arns. Em outubro do ano passado, Arns trocou o PT pelo PSDB por discordar da postura da cúpula petista em relação aos escândalos que na época envolviam o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
Valdir Rossoni confirmou que a legenda trabalha com o nome de Arns para vice. Ele ressaltou, no entanto, que essa não é a única possibilidade do PSDB para o caso de uma negativa do PDT. "Nós estamos trabalhando com várias hipóteses. O DEM reivindica a vice, o PPS reivindica a vice e também há essa possibilidade do Flávio Arns", disse.
Na convenção realizada no último sábado, o DEM condicionou o apoio da legenda ao PSDB à indicação de um democrata para vice de Richa no caso de o PDT não aceitar a oferta feita pelos tucanos. O partido, no entanto, não indicou o nome de quem ocuparia a vaga. A escolha, segundo o deputado federal Eduardo Sciarra (DEM), ficará a critério de Richa.
Do lado do PPS também não havia uma definição de quem seria o integrante do partido indicado para ser vice de Richa. A legenda, aliás, ainda nem fechou aliança com os tucanos. O partido, que realiza convenção estadual hoje, também aguardava uma resposta de Osmar Dias para definir qual caminho tomará na eleição deste ano. Se o pedetista optasse pela candidatura ao Senado, o PPS deveria fechar uma aliança com o PSDB. Mas como Osmar entrou na disputa ao Palácio Iguaçu, a legenda deve ter candidatura própria ao governo do estado. Neste caso, o nome mais provável para a disputa é o do presidente estadual do partido, Rubens Bueno.
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