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Depois de assinar um termo de compromisso se comprometendo a comparecer à Justiça, o escritor Yves Hublet disse que estava arrependido de agredir o deputado José Dirceu (PT-SP), mas não explicou o que o levou a cometer o ato. O escritor, que é paranaense, mas vive em Brasília, disse que fazia uma visita normal à Câmara e que teve um ataque de nervosismo quando viu o petista, negando que tivesse programado a agressão. Indagado por que agrediu Dirceu, o escritor disse que estava indignado, e mandou os jornalistas lerem Cervantes.

- Só vou dizer uma coisa, leiam Dom Quixote! - disse o escritor.

Ao bater em Dirceu, o escritor chamou o petista de "Fristão", um personagem do romance de Cervantes que é considerado por Dom Quixote seu arquinimigo, e a quem o cavaleiro acusa de roubar seus livros e de transformar gigantes em moinhos, roubando-lhe uma vitória.

O escritor, que tem 67 anos, pode ser enquadrado no crime de injúria seguido de agressão, previsto no artigo 140 do Código Penal, que tem pena prevista de três meses a um ano de detenção mais multa. Yves Humblet já foi filiado ao PDT e disse que, em 1994, ajudou a eleger Ângela Guadagnin, maior defensora de Dirceu no Conselho de Ética, em São José dos Campos.

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