“Já é inadmissível que arapongas vasculhem a vida de um senador da República. Mas é um escândalo descomunal imaginar que a contratação dos espiões tenha partido daqui (do Congresso).” Jarbas Vasconcelos, senador (PMDB-PE)| Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) denunciou, em reportagem publicada pela revista Veja nesta semana, que integrantes do seu partido teriam contratado uma empresa de investigação para grampear seus telefonemas e vigiar seus passos e de seus familiares. Segundo a publicação, a espionagem teria o objetivo de "criar constrangimento" ao senador, e "desqualificar" as denúncias feitas por ele no mês passado, de que o PMDB é um partido corrupto.

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Jarbas disse na reportagem que também pretende pedir à Polícia Federal que apure o caso. "Já é inadmissível que arapongas vasculhem a vida de um senador da República. Mas é um escândalo descomunal imaginar que a contratação dos espiões tenha partido daqui", disse Jarbas à revista, citando o Congresso. Segundo a Veja, o senador pretende subir novamente à tribuna do Senado para falar da eventual espionagem, a exemplo do que fez na semana passado quando denunciou a corrupção peemedebista.

Ontem, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou que vai pedir ao Ministério da Justiça que a Polícia Federal apure a denúncia de Jarbas Vasconcelos. Em nota distribuída à imprensa, Sarney considerou "gravíssima" a denúncia feita pelo senador e informou que também pedirá ao procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, o acompanhamento da investigação da PF pelo Ministério Público.

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O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse ontem que ainda não recebeu nenhum pedido de Sarney. "Mas se receber e, se for competência da PF, portanto relacionado a algum parlamentar, será processado imediatamente com a respectiva abertura de inquérito", disse o ministro.