Uma das conversas gravadas pela Polícia Federal que deram origem à Operação Hurricane é considerada importante como prova de que o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Paulo Medina antecipava seu voto e até orientava advogados em casos envolvendo interesses particulares. Mineiro, ele aparece conversando com um conterrâneo, o advogado Paulo Eduardo Almeida de Mello, ex-diretor do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, sobre como decidiria a respeito de um pedido de habeas-corpus feito para um diretor do Minas Tênis Clube, de uma família tradicional do estado, acusado de uso de uma carteira de policial falsa.
O caso seria votado no dia seguinte à ligação telefônica e Medina era o relator do processo. O STJ, de fato, acabou concedendo o habeas-corpus que trancou a ação penal.
O diálogo aconteceu no dia 1 de dezembro do ano passado. Presidente do Conselho do Minas Tênis Clube, o advogado Paulo Eduardo liga para o celular do ministro Paulo Medina, que estava grampeado pela PF. Sempre identificado no grampo da PF como Paulo Mello, ele começa elogiando o ministro e dizendo que é muito bom ter "amizades desinteressadas e com confiança ilimitada". Em seguida, ele pergunta sobre o habeas-corpus pedido para o diretor do clube Fernando Furtado Ferreira, denunciado por uso de documento falso. "Estou te ligando também porque você já deve ter visto o processo de um diretor do Minas Tênis Clube", pergunta Paulo Eduardo.
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